crise do coronavírus

A ’troca da Sexta Santa’: comércio pode abrir sábado em Gravataí; ’Que sirva de exemplo para negacionistas’: o prefeito vacinado e o Brasil Doente de Jayme Caetano Braun

Prefeito Luiz Zaffalon foi vacinado por ter 67 anos

Gravataí vai abrir o comércio não-essencial neste sábado. O prefeito Luiz Zaffalon gravou vídeo há pouco confirmando a adesão de Gravataí à liberação autorizada nesta quinta pelo governador Eduardo Leite. Zaffa, agora vacinado, anunciou recorde de aplicação de doses e retomada da imunização sábado a partir dos 65 anos, além da vacinação de brigadianos, policiais civis, bombeiros e guardas municipais a partir de segunda.

– É uma simples troca do feriado de sexta, que seria um dia normal, pelo sábado. Domingo seguem as restrições, que foram prorrogadas até dia 9 – explicou o prefeito, apontando o papel da Acigra e do Sindilojas, junto à Fecomércio, para sensibilizar o governador.

Conforme a reabertura, neste sábado, 3, está permitida a abertura de atividades não essenciais, como comércio e restaurantes, nas mesmas regras válidas durante a semana (comércio até as 20h, restaurantes presencialmente, até as 18h).

– Cuidem-se, evitem aglomerações e sigam denunciando (ao 153 e 190), que nossa fiscalização está nas ruas. Melhorou um pouco, mas ainda estamos no auge da pandemia. A lotação de leitos e UTIs está em 100% – disse, confirmando o que detalhei hoje em Março de Gravataí teve 4 a cada 10 mortes de 1 ano de pandemia; Última vítima tinha 14 anos e nos links relacionados no artigo.

Conforme o prefeito, Gravataí deve receber quase 5 mil doses nesta quinta. No sábado serão abertas 12 salas de vacinação nas unidades de saúde Cohab A, Neópolis, Morada II e Erico Verissimo.

– Somos um dos municípios mais eficientes do Rio Grande do Sul na aplicação das doses que recebemos – disse Zaffa, informando que já foram recebidas 19.940 doses, com índice de aplicação de 81,7%, entre 1ª e 2ª doses, e teve recorde de 3.059 pessoas vacinadas apenas nesta quinta-feira.

 

Assista ao vídeo e, abaixo, sigo

 

O prefeito recebeu a primeira dose da vacina contra a COVID-19 nesta quarta-feira. A imunização ocorreu na Unidade de Saúde da Família (USF) Itacolomi, na margem da ERS-020, local próximo a sua residência e que está acostumado a frequentar.

Zaffa foi vacinado por ter 67 anos.

– Estou confiante, pois sempre acreditei nas imunizações feitas, mundialmente, por meio da vacina – disse, em nota divulgada pela Prefeitura.

O prefeito disse que a vacinação de grupos prioritários é o primeiro passo para se voltar ao dito normal.

– Porém, por enquanto, se puder, fique em casa! Use máscara, álcool em gel, lave as mãos e pratique o distanciamento social – apelou.

Pedi a Zaffa se, ao ser vacinado, tinha lembrado de alguma poesia gaudéria, da qual é fã. Ele enviou WhatsApp: 

– Não… O sentimento é de poder através do gesto e pela repercussão incentivar amigos meus negacionistas a viver um pouco mais. Tenho perdido alguns e tenho tantos outros que negam o óbvio. A vacina salvou o mundo de poucas e boas e ainda hoje, só por ideologia, acham que tomar a vacina é bobagem.

Ao fim, recomendo eu a Zaffa, um Jayme Caetano Braun, Brasil Doente.

 

Ouvir Brasil Doente

Não encontrámos nada.

Meu brasil grande, fogão

De pátria e de nativismo

No altar de gauchismo

Da crioula tradição

Na hora do chimarrão

Enquanto escuta a chaleira

Meu cusco baio coleira

Como sentinela amigo

Fica pensando comigo

Na situação brasileira.

 

Companheiro, permanente

Igual a mim, um teatino

Meu parceiro examino

O quadro do brasil doente

Preocupado com o paciente

Entregue pro estrangeiro

Um causo brabo, traiçoeiro

De virose delfinista

Tendo tanto especialista

Tratado por curandeiro.

 

Minada em toda estrutura

Desde a mente até ossamenta

O pobre doente apresenta

Febre, fome e amargura

Com princípio de loucura

E completo esgotamento

Sem nenhum medicamento

O preço é proibitivo

Na verdade,

Um morto-vivo pela falta de alimento.

 

E a insensatez teimosia

Nesse país hospital

Faz que o pobre marginal

Descaia dia após dia

A reserva que existia

De a muito foi extinguida

A pátria grande vendida,

Tudo entregue, quase dado

Enquanto o doente, coitado,

Arrasta uma sobrevida.

 

Talvez pareça exagero

Mas vale a comparação,

Meu cusco junto ao fogão

Olha tristonho o braseiro

Mas o homem brasileiro

Que está me ouvindo concorda

O balde encheu e transborda

E o pobre povo indefeso

Está a ver com tanto peso

Vai arrebentar a corda.

 

Parece até brincadeira

Que um país com essa potência

Viva em tamanha indigência

Frente a tanta bandalheira

A impunidade é a bandeira

E cada qual é mais vivo

O processo punitivo

É instalado e difundido

E depois de concluído

Vai direto pro arquivo.

 

É a derrocada suprema

De um sistema que se esvai

Para quem vende, quem trai,

Que importa que o povo gema

Que importa que o povo trema

Ou se a pátria se desune

O grupo que manda imune

A problemas de consciência

Prossegue na inconsequência

Porque se acredita impune.

 

Na velha capitania

De são pedro, tudo igual

O centralismo mortal

Nos esmaga dia-a-dia

E o capataz que iludia

Falta garrão pra mandar

Tem vontade de mostrar

Que é gaúcho queixo duro

Mas subiu de mais no muro

E agora não pode apear.

 

Quem sabe eu tenho a esperança

Ele é gaúcho afinal

Quem sabe um santo bagual

Faz que se lembre da herança

Dos que empurraram com a lança

As linhas desta fronteira

E calce o pé na porteira

Dizendo como índio macho

Que ninguém faz de capacho

Esta província campeira.

 

Que diga a esses insensatos

Que nos reduzem a trapos

Que neste chão dos farrapos,

Chimangos e maragatos

Não há lugar pra gaiatos

E pra bobos não servimos

E nem tampouco pedimos

E nem tampouco imploramos

Aquilo que conquistamos

Nós simplesmente exigimos.

 

É tão simples dizer basta

Na terra que demarcamos

Na situação que chegamos

O que não voa se arrasta

É hora de apear a casta

Que nos explora e desgraça

O povo virou carcaça

Pra pasto dos urubus

Das anas, marias, jus,

Que nos compraram de graça.

 

O dólar sobe

E subindo aumenta a dívida externa

E a trindade que governa

Segue sorrindo e sorrindo

E o pobre povo ringindo

Vive agora pior que bicho

Já nem vai mais a bolicho

Criaturas seminuas

Que andam cruzando nas ruas

Catando em latas de lixo.

 

E como pode o brasil

Viver assim ante o mundo

Mostrando esse quadro imundo

Tão deplorável, tao vil

Pobre país teu perfil

Precisa ser recomposto

Deixar de ser entreposto

Do explorador estrangeiro

Pra que o povo brasileiro

De novo mostrar o rosto.

 

Mas o que é a democracia

O termo que a gente escuta

Nessa terrível labuta

Que se agrava dia-a-dia

Vender a soberania

A interesses estrangeiros

Ou carne a cinco mil cruzeiros,

Isso aquela de segunda

É pior que um talho na bunda

De todos os brasileiros.

 

E dia dois no gigantinho

Grito do campo e da indiada

A luta foi iniciada

Ninguém vai pelear sozinho

Todos sabem o caminho

E vão se chagando cedo

Rio grande inteiro sem medo

Que vem de todas as frentes

E lá vão estar presentes

O maluf e o tancredo.

 

Assista Jayme

 

 

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