Sexta marcou um ano desde o dia em que o grupo de 80 venezuelanos, vindo de Roraima, foi instalado no abrigo temporário, preparado pelo município e alugado pela ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados por seis meses.
Uma força tarefa, coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Habitação, busco parcerias para fornecimento de alimentação, doação de roupas, calçados e materiais de higiene pessoal. Equipes da Prefeitura fizeram mutirões para regularizar cadastros nos órgãos públicos a fim de garantir a cidadania de todos.
– Um dos principais objetivos era promover a autonomia deles através do emprego e neste sentido, o empresariado local foi sensível: todos foram colocados no mercado de trabalho, permitindo que pudessem recomeçar suas vidas, o que para nós é motivo de orgulho – conta o prefeito Miki Breier.
Raul Rojas, de 28 anos, e Jesus Montiel, de 33, conseguiram emprego ainda no abrigo, num supermercado da Avenida Flores da Cunha. Com a carteira assinada há um ano, eles contam que ainda estão em adaptação, principalmente com a cultura e o idioma.
– Algumas dificuldades ainda surgem, mas tenho trabalho e moradia aqui. Me senti muito grato pela acolhida de todos – diz Jesus, que mora no bairro Anair.
Raul, que se estabeleceu na cidade de Alvorada, conversa com a mãe e os irmãos via aplicativo de mensagens.
– Estou bem aqui, mas me sinto aflito pela situação deles lá, que está bem difícil – desabafa ele.
A experiência com a acolhidas dos venezuelanos já garantiu a realização do 1º Seminário sobre Imigração: Construindo a Rede de Proteção aos Imigrantes, realizado em agosto com o objetivo de ampliar e qualificar os serviços, além de dar visibilidade aos atendimentos já realizados para esta população.
O governo federal também reconheceu os esforços do município com a doação de um micro-ônibus de 25 lugares para dar apoio às ações para a rede de Assistência Social em Cachoeirinha.