Após o ‘bicho pegar’ entre vereadores, Alex Peixe (PSDB), presidente da Câmara de Gravataí, agendou reunião entre os 21 parlamentares para 18h desta quinta-feira.
Na sessão de terça-feira, vereadores trocaram adjetivos, acusações de corrupção e ameaças de denúncia em comissão de ética.
– A Câmara tem que ser palco de grandes debates. Nada contra comparar projetos políticos, é da natureza do parlamento, mas sem rebaixamento e pessoalização – disse ao Seguinte: o presidente, que também quer iniciar a preparação do legislativo, junto aos vereadores, para vedações legais do período eleitoral.
Analiso.
Torço que Peixe não se inspire no colega presidente de Cachoeirinha, como reportei nos artigos Presidente da Câmara quer proibir líderes partidários de falar sobre prefeito em Cachoeirinha; O Rei Sol e a censura e Dinheiro não é tudo, senhor presidente da Câmara de Cachoeirinha Edison Cordeiro.
Parlamento é para parlar.
Reputo há, na Câmara de Gravataí, muito mimimi, tanto em relação ao debate interno, quanto na reação às críticas externas.
Isso que, tanto vereadores, quanto eleitores que os criticam, parecem freiras se comparado com os debates travados no Congresso Nacional, as críticas postadas de um parlamentar sobre outro e os disparos das milícias digitais no Grande Tribunal das Redes Sociais nacional.
Significa que curto, ou acho que esse tipo de debate faz bem à política ou à cidade? Não. É livre a avaliação sobre se há ganhador ou perdedor em um debate medíocre. Mas a Constituição Federal, no artigo 53, garante que os parlamentares “são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.
Ainda assim, eventuais injúrias, calúnias e difamações podem ser resolvidas no Judiciário.
A inviolabilidade de parlamentares na tribuna não é um habeas para cometer crimes.
Ao fim, se me permite a sugestão, presidente Peixe, vai de Paul McCartney: “Say: Live and let die!”
Acesse a sessão abaixo, a partir de 1h, para ver o momento em que o clima esquentou.