Temos acompanhado o debate sobre o forte ataque quem vem sedo feito a legislação ambiental no Brasil. Ataque este que visa desmontar à legislação construída a várias mãos durante muitos anos em um trabalho de formiguinha.
Recentemente, foi proibido o uso de veneno dentro da APA do Banhado Grande, utilizado principalmente pela produção de arroz. Dentro desta mesma área hoje temos uma grande produção de arroz orgânico sendo produzida de maneira sustentável economicamente.
Esta realidade dialoga diretamente com nossos hábitos ao comprarmos alimentos para colocarmos diretamente em nossa mesa. Uma região que não oferece à sua população a compra de produtos sem veneno, com certeza deve ser questionado seu modelo de gestão eficiente no atendimento de sua população.
Que a indústria química influencia desde as guerras até nossa mesa nós todos já deveríamos saber, porém o que nos assusta é a passividade com que este tema é tratado nos grandes e médios meios de comunicação deste Brasil.
Se na foz do gravatahy é recebido todo o dia milhares de metros cúbicos de esgoto não tratado, a montante tem sido utilizado alguns litros de agrotóxicos na produção de arroz que chega em nossa mesa sem controle de quem deveria cuidar de nossa saúde.
Voltamos ao debate sobre o papel do Estado como prestador de serviço à população. Em todos os municípios temos estruturas do sistema de saúde que deveriam acompanhar de maneira intensa o uso destes venenos e comunicar a população o efeito de sua ação sobre o organismo de quem produz e de quem consome.
Quando temos um silêncio sobre tudo isto que está acontecendo com os alimentos que chegam até nós, podemos ter a certeza que o interesse individual está prevalecendo sobre o interesse coletivo.
