Em 2012, aprovamos o primeiro plano de bacia hidrográfica do Rio Grande do Sul, graças ao poder de articulação de todas as entidades que entendem que fazer gestão das águas de uma região é importante para o seu desenvolvimento.
Passados quase 3 anos e 8 meses, deste investimento de planejamento de aproximadamente 500 mil do fundo estadual de recursos hídricos, chegou o momento de avaliarmos o resultado deste investimento para a sociedade gaúcha.
Estamos com dois investimentos do Ministério das Cidades na bacia do gravatahy, no valor de 243 milhões em execução que devem influenciar de maneira definitiva a gestão das águas, garantindo condições para que possamos obter um equilíbrio entre a disponibilidade e a quantidade para nossas necessidades humanas, econômica e ambiental.
Todos estes recursos financeiros e humanos, destinados para nossa região somente foi possível pela construção coletiva e da necessidade premente do uso deste bem insubstituível em nossas vidas que é a água.
Estaremos em 2017, juntamente com todas as entidades avaliando nosso grau de eficiência em planejar e executar a política pública com eficácia. As mudanças ou não nos poderes executivos serão de papel importantíssimo neste processo, visto ser dentro do território municipal que acontecem as grandes transformações culturais, sociais, econômicas e físicas que interferem em um somar nas águas do Gravatahy.
Todos os documentos técnicos podem ser encontrados no www.comitegravatahy.com.br, buscando desta maneira difundir o conhecimento para um processo sem proprietário.
As milhares de pessoas que tem sofrido em nossa região pela falta de água ou pelo seu excesso, a exemplo de Alvorada ou a zona norte de Porto Alegre que tiverem seus patrimônios perdidos pela falta de uma visão a longo prazo, aumenta a responsabilidade para que tenhamos nestes estudos uma solução definitiva.
Muitos discursos, com fortes críticas de degradação do gravatahy, de pessoas que somente vivem no seu mundo ideal e defendem seus caminhos como o único possível mas que não colocaram uma única gota de água para que o rio apresentasse melhorias devem ser perdoados na sua incapacidade de construir na democracia, fazendo atalhos para chegar ao poder, como fizeram no canal do DNOS na ditatura militar a exatamente 51 anos, que tanto prejuízo causou, drenando os banhados e encurtando o caminho natural das águas e da democracia. Água para a vida e não para a morte.