Siga o artigo enviado ao Seguinte: pelo médico Antonio Weston, superintendente do Hospital Dom João Becker, de Gravataí, administrado pela Santa Casa de Misericórdia
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A Covid ainda é uma realidade em nosso país. Depois de um período de queda acentuada, o número de casos voltou a subir e nos mostra que é preciso estar atento ao vírus. De acordo com consórcio de veículos de imprensa, que analisa dados das secretarias de saúde, somente nas últimas 24h foram cerca de 30 mil novos casos, o maior dos últimos dois meses. Estamos, portanto, vivendo uma nova onda.
Mas qual o tamanho dela? Desta vez, a protagonista do crescimento de casos é uma variante nova, a BQ.1. Ela tem potencial contagioso menor do que as responsáveis pelas outras ondas. A quantidade de infectados não será tão grande como na fase Ômicron, ocorrida no início do ano. Sua gravidade também deverá ser menor, pois boa parte da população já está vacinada. No entanto, é importante reconsiderar as medidas de prevenção, pois a tendência é de que nas próximas duas ou três semanas tenhamos crescimento no número de contagiados.
A orientação para aqueles que não fizeram ainda a dose de reforço da vacina é que o faça nos próximos dias. O uso de máscaras em ambientes fechados é recomendável, sobretudo para aquelas pessoas portadoras de enfermidades que afetam a imunidade, como o câncer e doenças reumáticas. Algumas cidades e Estados já estão revendo essas políticas de proteção. É o caso de Belo Horizonte, Campinas, Curitiba e São Paulo. A recomendação ou obrigação do uso de máscaras, entre outras medidas, estão no rol de prioridades para o enfretamento dessa onda.
Aqui no Rio Grande do Sul, o Comitê Científico da Apoio ao Enfretamento à Pandemia, do Governo do Estado, recomendaque pessoas com sintomas respiratórios utilizem máscaras e que evitem locais fechados, com aglomerações de pessoas. Também reforçaa orientação do uso de máscaras em locais com baixa ventilação ou riscos de aglomeração. É muito importante, além desses cuidados, estar com o seu esquema vacinal em dia.
No momento, não há motivos para preocupações demasiadas. Com cuidados e prevenção em dia a tendência é de que não haja maiores problemas. No entanto, não podemos ignorar um vírus que já levou a vida de cerca de 690 mil brasileiros. Em Gravataí, aproximadamente 38 mil pessoas contraíram a doença, desde o início da pandemia. Consciência é a palavra de ordem.
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