RAFAEL MARTINELLI

Alison recebe Presidência da Câmara de Gravataí de Roger Correa; Vereador tem duas ‘pautas-bomba’ para 2023

Alison e, ao fundo, Roger, na Câmara de Gravataí

Roger Correa (PP) transmitiu a Presidência da Câmara de Gravataí para Alison Silva (MDB), nesta sexta-feira. O vereador tem pelo menos duas ‘pautas-bomba’ para o início do ano legislativo, em fevereiro.

Antecipei a eleição um mês antes, nos artigos Alison Silva é o favorito para presidir Câmara de Gravataí; Por que lembra o pai, Acimar e Alison ‘Acimar’ Silva será o presidente da Câmara de Gravataí em 2023; É o candidato de Zaffa e Marco Alba.

– Com muito orgulho, aos 32 anos assumo a chefia do poder legislativo da quarta maior economia do Estado do Rio Grande do Sul. O ano de 2023 será de muito trabalho, buscar aproximar a câmara de vereadores com população será o DNA de nossa gestão – postou Alison, em foto ao lado do presidente que conclui o mandato.

O vereador é filho do falecido Acimar da Silva, prefeito após o golpeachment contra Rita Sanco (PT) e Cristiano Kingeski (PT) e vereador por quatro mandatos; um pai de quem carrega muitas características – para quem não conheceu o pai, recomendo a reportagem do Seguinte: Simplesmente Acimar, produzida para marcar um ano da morte trágica do político.

O bom trânsito garantiu votos inclusive da oposição na votação do dia 20, garantindo-lhe 17 votos favoráveis entre os 21 vereadores.

Demétrio Tafras (PSDB) foi eleito vice-presidente; Alex Peixe (Mais Brasil) primeiro secretário e Bino Lunardi (PDT) segundo secretário.

Reputo a eleição do engenheiro civil é também uma vitória de Marco Alba (MDB). Alison, ao lado de Alan Vieira (MDB), é dos vereadores mais próximos do ex-prefeito e ‘Grande Eleitor’ de Gravataí com a eleição de Luiz Zaffalon (MDB) para a Prefeitura em 2020, que começou a campanha com 2% nas pesquisas e recebeu 51,2% dos votos nas urnas.

Para cumprir sua promessa, de que “aproximar a Câmara de Vereadores com a população será o DNA da gestão”, sugiro Alison decrete a retomada das sessões presenciais, inicialmente suspensas na pandemia, e depois com permissão para o vereador participar de fora do legislativo.

E, principalmente, sejam restaurados os tempos de aparte de um vereador sobre a fala de outro. Parlar é a essência do Parlamento. Mesmo que demorem mais, são apenas duas sessões ordinárias por semana. Nos demais dias os vereadores não precisam nem aparecer na Câmara.

Ao fim, na longa ‘fila política’ do MDB de Gravataí para ocupação de espaços de poder, está chegando vez do jovem que completa 33 anos em 5 de março assumir o comando do legislativo da quarta economia.

Um teste para a habilidade política de Alison já será receber a representação feita pelo vereador Cláudio Ávila (União Brasil), que pode levar até a cassação do colega de partido, Fernando Deadpool (União Brasil), o que tratei nos artigos Bomba política em Gravataí: Cláudio Ávila aciona Comissão de Ética que pode cassar Deadpool. Simers faz denúncia por ações nas UPAs; “Vão tentar me calar, prezo por minha segurança”, reage vereador e Pedido de comissão de ética para vereador Deadpool por ação em UPAs opõe Bombeiro e Cláudio Ávila: “Gravataí já sofreu um golpe político no passado e não deixaremos que isso se repita”, diz em nota.

Outro desafio será a ‘pauta-bomba’ da eleição direta de diretores e no uso de horas-aula pelos professores, caso o prefeito confirme a intenção de modificar, como revelei em A ‘pauta-bomba’ de 2023: Zaffa vai mexer na educação de Gravataí; Na mira, eleição de diretores de escolas e uso de horas aula. É certeza de sindicato dos professores mobilizado e plenário lotado.

“O que o pai faria?” pode ser uma boa conversa para Alison travar consigo.

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