David Almansa (PT) reuniu representantes do PT, PCdoB, PV, União Brasil, PSDB, Cidadania, PSB e Solidariedade nesta segunda-feira, no Hotel Alano.
É o vereador, segundo colocado na eleição suplementar de 2022, apostando na política de ‘frente ampla’ de Lula – um ‘Brasília é aqui’ – na disputa pela Prefeitura de Cachoeirinha em 2024.
Até Dr. Rubinho (União Brasil) – que ficou em terceiro lugar concorrendo com foto abraçado a Bolsonaro; leia em Rubinho foi a Pelotas pedir a bênção para Bolsonaro; É o ‘RubiNaro’ em Cachoeirinha e O meu Bolsonaro é maior que o teu: campanhas de Rubinho e Cristian brigam pelo amor do capitão na reta final da eleição pela Prefeitura de Cachoeirinha; ‘AlmansaLá’ e o pequeno guardador de carros – restou à mesa, ao lado da vice, Jack Ritter (Cidadania).
O ex-prefeito José Stédile (PSB) estava presente, reforçando a possibilidade de coligação que reportei em Almansa pode ter no ex-prefeito Stédile sua ‘Marta Suplicy’ na disputa pela Prefeitura de Cachoeirinha e Almansa + Stédile para Prefeitura de Cachoeirinha, com a bênção de Paulo Pimenta; A Real Politik e o Ser Político.
O PSDB do vereador Deoclécio Melo – e do governador Eduardo Leite – também.
Até um personagem poderoso no governo Miki Breier (PSB), Elvis Valcarenghi, secretário da Fazenda e um dos afastados junto ao prefeito pelo Tribunal de Justiça após as investigações do Ministério Público nas operações Proximidade e Ousadia, consequência de ações iniciadas por Rubinho e Jack como vereadores, participou do encontro representando o Solidariedade.
Almansa enviou nota explicando o encontro, que não significa, ao menos ainda, uma confirmação de parceria eleitoral. Reproduzo e, abaixo, concluo.
“Nos reunirmos para pensar, discutir e construir uma estratégia, uma agenda para cuidar de Cachoeirinha e das pessoas que aqui vivem.
Reunimos lideranças dos principais partidos políticos da Cidade. Estavam conosco, representantes do PT, PCdoB, PV, União Brasil, PSDB, Cidadania, PSB e Solidariede. E nós fizemos uma avaliação consistente sobre o abandono de Cachoeirinha e principalmente a má gestão que tanto prejudica a vida do nosso povo.
Como um gesto de extremo compromisso e união de forças, sempre focados nas pessoas e no desenvolvimento de Cachoeirinha, decidimos iniciar uma mobilização para a construção de um Programa de Governo com a participação da população – com escuta e diálogo, daí sim acertar na mudança que o povo necessita.
Dialogamos sobre a falta de vagas nas escolas para as nossas crianças; sobre os buracos no asfalto em todos os bairros; as galhas e árvores caídas desde a tempestade; o lixo pelas ruas; a falta de apoio aos empreendedores para crescerem e assim gerarem empregos para as pessoas desempregada; a dificuldade de transporte público que sem ônibus para nossos trabalhadores e trabalhadoras acabam por utilizar de outros municípios; além da falta de política para moradia digna; e a precarização das nossas UBS’s; dominaram o debate”.
Sigo eu.
É Almansa, com a bênção do padrinho político, Paulo Pimenta, ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social e anfitrião de churrascos para o presidente Lula, apostando em unir toda a oposição – exceto o PL de Bolsonaro – para enfrentar a reeleição do prefeito Cristian Wasem (MDB).
E também aguardando pela divisão do bolsonarismo entre as candidaturas de Cristian e João Dedão (PL); leia em O empresário que pode tirar o prefeito Cristian do volante do favoritismo para reeleição em Cachoeirinha, mas não entenda errado como alguns: a ameaça ao favoritismo do prefeito se dá não por Dedão ter chances de eleição, e, sim, por se atrair a força do bolsonarismo, tirar votos que seriam de Cristian caso a eleição se resuma a um GreNal com Almansa.
Como recorte histórico, Cristian venceu a eleição suplementar de 2022 com 51,4% dos votos válidos, tendo como vice o Delegado João Paulo Martins (PP), terceiro colocado em 2020. Almansa recebeu 25,62% e Rubinho 22,98%. Já em 2020, Miki foi reeleito com apenas 318 votos a mais que Rubinho.
Ao fim, não importa se a coligação é ‘MarxDonalds’. Sabe o petista que precisa de gente fazendo campanha nas ruas contra a máquina política da Prefeitura.
Aos partidos que não estão no governo restam poucas alternativas. É, como naquela frase do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sobre a política internacional: ou você está na mesa, ou no menu. Não é diferente em Little Falls.
