Assessor jurídico da Secretaria da Mulher e Direitos Humanos de Gravataí foi demitido pelo prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) por suspeitas de violência doméstica.
O Seguinte: recebeu cópia de ocorrência policial onde ex-companheira do CC denunciou descumprimento de medida protetiva.
O BO foi registrado na segunda-feira, mas a demissão aconteceu na semana passada.
– Foi exonerado dia 16. Naquele dia recebi de um anônimo a ficha policial (do assessor). Exonerei no mesmo momento – disse Zaffa, há minutos, ao Seguinte:.
Por respeito à presunção de inocência, ainda não publico nomes, já que não tive acesso às supostas provas anexadas na denúncia e o acusado não tem mandato eletivo e nem é uma figura de notório conhecimento público.
Reputo, porém, acertou Zaffa em demitir, quando foi informado das suspeitas. O BO acima, oito dias depois, corrobora a medida.
Politicamente era insustentável mantê-lo. O acusado trabalhava na Secretaria da Mulher! E o prefeito já experimentou desgaste quando secretário de sua confiança foi envolvido em polêmica com assessora – e também demitido, registre-se; leia o último artigo sobre em Assédio sexual na Prefeitura: relatório policial diz que secretário municipal demitido em Gravataí não cometeu crime; “Comportamento inadequado”.
Mas não só por isso a exoneração era necessária. O agora ex-assessor pode restar inocente, mas as mulheres que denunciam ser vítimas de violência doméstica precisam ter segurança, sentirem-se acolhidas, para fazer denúncias.
Se for comprovado o contrário, que o CC volte ao cargo ou receba as desculpas devidas.
Fato é que pesquisas mostram que nem 2 a cada 10 denúncias protegidas pelas Lei Maria da Penha são falsas.