O jornalista Roque Lopes revelou em O Repórter o movimento de bastidores para aumentar o número de vereadores em Cachoeirinha.
Hoje são 17, conforme o artigo 29 da Constituição Federal o número limite para municípios com população de mais de 80 mil até 120 mil. No censo de 2010, a população de Cachoeirinha era de 118.278. Só que a projeção do IBGE é de 130.293 em 2019. E tem censo ano que vem. O município já poderia ter 19 parlamentares, o limite para cidades entre 120 mil e 160 mil habitantes.
Não se trata de demonizar a política, até porque hoje não resta aos políticos mais do que a presunção de culpa. Mas, num momento em que o país está à beira do abismo, e não no cume, mas já lá embaixo, olhando para cima, soa como deboche.
O presidente Fernando Medeiros já se posicionou contra. E seria uma estratégia inteligente os atuais vereadores não embarcarem nessa, já que, mesmo que o orçamento do legislativo não precise ser aumentado para absorver mais parlamentares, são os políticos mais expostos, porque teriam que votar o aumento de vagas e, consequentemente, a criação dos cargos de assessoria.
Do prefeito Miki Breier o projeto não virá.
Ao fim, com tentativa de golpeachment, CPIs amalucadas, conversas sobre aprovar emendas impositivas, cujo projeto condenei no artigo Vereadores podem abrir portas de Gravataí para corrupção; importando o pior de Brasília, e felizmente não foi aprovado, em Gravataí, e projetos demagógicos e caça-cliques, a vergonha anda passando a crédito e débito na política de Cachoeirinha.