meio ambiente

Áviário do horror: Gravataí apreende mais de 900 animais em situação de maus-tratos

Fundação de Meio Ambiente recolheu animais que estavam em estabelecimento que funcionava de maneira irregular há mais de dois anos

Uma ação coordenada pelo Departamento de Bem-Estar Animal, da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMMA), recuperou nesta sexta mais de 900 animais que viviam em uma situação de maus-tratos em um aviário de Gravataí.

Além dos que foram recuperados, também foram encontrados animais mortos. Além disso, os profissionais se depararam com um ambiente precário, úmido, sem iluminação e animais com a saúde comprometida. Nada disso, no entanto, impedia que os mesmos fossem comercializados.

Entre os recuperados haviam aves, porcos, coelhos e um cabrito. Todos foram enviados para o canil municipal para serem avaliados por um médico veterinário.

Impressionado com a situação do local, o veterinário Marco Pereira, da Vigilância em Saúde (Viemsa), que acompanhou a operação, descreveu como inacreditável o ambiente insalubre, os animais subnutridos e alguns até mortos e descreveu como péssimas as condições de higiene do espaço.

A FMMA mantém, além de todo o trabalho burocrático de licenciamentos, uma atividade permanente de combate aos maus-tratos a animais, que é considerado crime, conforme o decreto nacional 6.514/2008, que prevê para a prática de ato de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, requer multa de 500 a três mil reais.

O diretor do Departamento de Proteção aos Animais, Rafael Evaldt lembrou que apreensões como a de hoje irão se tornar rotina no departamento.

– É muito revoltante ver animais empilhados vivendo em situação de extrema precariedade sem comida, água ou luz solar – lamentou Rafael.

A vereadora Márcia Becker ativista da causa animal também auxiliou no recolhimento dos animais. Diante do cenário, Márcia reforçou que as pessoas precisam aprender que maltratar os animais, de qualquer espécie, é um crime e que, quem comete essa crueldade, deve pagar por isso.

– É o fim de um ritual de tortura às aves e aos demais animais – comparou a protetora.

A ação, que contou com o apoio da Guarda Municipal, a partir do seu grupamento ambiental, dos fiscais da SMDET e dos fiscais da Viemsa, durou cerca de cinco horas. O proprietário do estabelecimento, não se estava no local e não compareceu durante toda a operação. O comércio já havia sido autuado e estava atuando de maneira irregular.

 

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