A criação de uma unidade de conservação integral na nascente do Rio Gravataí vai ajudar na preservação da nossa ‘caixa d´água’ natural, no Banhado Grande, em uma área que fica entre Glorinha e Viamão e de onde sai o abastecimento hídrico de toda região.
O termo de cooperação técnica foi assinado agora há pouco entre o Ministério Público Estadual, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí.
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As articulações já tinham sido reveladas ao Seguinte: há um mês, logo após sua posse, pelo presidente reeleito do comitê, o gravataiense Sérgio Cardoso, também presidente da Associação de Preservação da Natureza Vale do Gravataí (APN-VG), que hoje rubricou o documento histórico ao lado do procurador-geral de justiça gaúcho Fabiano Dallazen.
No catamarã do Rio Limpo, projeto de educação ambiental de R$ 2 milhões que nos últimos quatro anos geriu numa parceria da APN com a Petrobrás, Cardoso já tinha levado o diretor de recursos hídricos do Estado Fernando Meirelles para um passeio pelos limites a serem preservados.
– É uma área no Banhado Guará, que sofre com a erosão pelas lavouras, criação de gado e também pela ação natural do tempo – indica o geólogo, estimando entre 250 a 300 hectares a área a ser desapropriada com recursos de compensações ambientais, ainda em fase de cálculo, custeadas pelas empresas que transmitem energia eólica do Litoral para a Região Metropolitana.
– A área ficaria congelada, sem possibilidade de qualquer atividade humana exceto pesquisa. Isso garantiria total imunidade à flora e à fauna. Essa nossa grande caixa d´água não sofreria nenhuma agressão externa – explica, comparando a futura unidade de preservação com a que existe hoje no chamado refúgio de vida silvestre no Banhado dos Pacheco, em Viamão.
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