política

Bordignon volta para o PT: ’Era um sonho’; É candidato em 22 ou 24?

Daniel Bordignon

O ex-prefeito Daniel Bordignon está de volta ao Partido dos Trabalhadores. Reputo, como na manchete do artigo de agosto, A volta de Bordignon é a melhor coisa para o PT de Gravataí. A companheira Rosane Bordignon ainda não pediu filiação.

Por 9 a 8, com três abstenções, a executiva estadual aceitou na manhã desta segunda-feira recurso à negativa da filiação, em setembro, pela direção municipal de Rita Sanco & cia.

O voto de desempate foi do presidente Paulo Pimenta, que lembrou frase de Brizola vs. Collor em debate de 89, que evocava tragédias políticas do passado como os questionamentos às eleições de Getúlio em 50, JK em 55 e a posse de Jango em 62, que se inscreveram no presente com Dilma em 2014:

– Precisamos de unidade para dar a Lula uma vitória rotunda e sem questionamentos.

Bordignon atendeu ao Seguinte: por telefone. Emocionado, com voz embargada:

– Era meu sonho voltar ao partido onde ficarei para sempre.

Perguntado se concorre a deputado em 2022, como revelei a possibilidade jurídica em Com nova lei, Bordignon poderia concorrer em 2022, praticamente descartou:

– Nem parei para analisar a mudança na lei porque não está em meus planos. Só pensaria se a direção convocasse, o que não acredito seja o caso.

O professor aposentado despistou sobre a próxima eleição para a Prefeitura:

– 2024 está longe e serei o que o PT achar que tenho que ser. Como sempre me pautei pelas decisões partidárias. O foco é ajudar nossos candidatos em 2022 e garantir a eleição de Lula e de um projeto para o Brasil.

– Volto como soldado raso. Por isso pedi a filiação em Gravataí, não diretamente na estadual – acrescenta o fundador do PT, em 80, que ficou por 36 anos por partido, até se filiar ao PDT para concorrer à Prefeitura em 2016, eleição que venceu, mas não assumiu por ter os direitos políticos suspensos no caso das contratações irregulares de professores, médicos e operários em seus governos entre 1997 e 2000.

– Agradeço ao PT ter me aceito. Coloco-me à disposição para construção partidária, para atuar nos movimentos sociais, principalmente magistério e ecologia, como sempre em minha trajetória. Em todo meu tempo de PT só ocupei CC por 5 meses. Sempre fui eleito ou fiz campanha para nossos candidatos – conclui o político que vai fazer o curso de formação de filiados do PT, mesmo tendo sido vereador, presidente do partido, deputado estadual por dois mandatos e prefeito entre 1997 e 2000, período de negociação e instalação da GM.

Ao fim, reputo se repara um erro histórico, tanto de Bordignon, quanto do PT. As circunstâncias já contei e recontei nos últimos cinco anos.

Minha tese está em A volta de Bordignon é a melhor coisa para o PT de Gravataí e vai além da avaliação de seus governos (sobre os quais tenho elogios e críticas): para salvar o PT de Gravataí, com o qual sua imagem se confunde em tudo que se construiu ou destruiu, só Bordignon permite esperanças de um milagre eleitoral na próxima década para um partido que, pela segunda legislatura, nem vereador ou vereadora tem.

 

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