Em resposta a uma crise sanitária agravada pelo inverno, a Prefeitura de Cachoeirinha decretou oficialmente Situação de Emergência em Saúde Pública nesta segunda-feira, dia 9 de junho. O motivo é a explosão de casos de Síndromes Respiratórias, com destaque alarmante para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que está levando a rede hospitalar municipal ao limite operacional e ameaçando um colapso completo.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas Francisco de Medeiros e o Hospital Padre Jeremias enfrentam superlotação crítica devido ao volume massivo de atendimentos e internações por problemas respiratórios. O decreto, com vigência inicial de 90 dias e possibilidade de prorrogação, é um reconhecimento formal da gravidade e um mecanismo para destravar ações urgentes. “A superlotação é alarmante. Precisamos agir com agilidade para garantir o atendimento à população e evitar um desfecho ainda mais grave”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Bianca Breier.
O decreto confere poderes especiais à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para enfrentar a crise. Isso inclui agilizar a compra de insumos essenciais como medicamentos, equipamentos de proteção e materiais médicos; obter equipamentos por meio de doações ou cessão de outras instituições; e realizar contratações temporárias de serviços e profissionais de saúde, incluindo o pagamento de horas extras para reforçar as equipes sobrecarregadas.
A secretária também mencionou a possibilidade de acionar a Força Nacional do SUS, que já está no Rio Grande do Sul, como recurso para uma necessidade extrema.
Paralelamente ao decreto de emergência, o Plano de Inverno da SMS está sendo intensificado. Para desafogar a UPA e o hospital, a UBS Jardim Bosque e a ESF Canarinho tiveram seus horários de atendimento estendidos nesta semana. A vacinação continua disponível aos sábados no Espaço Saúde, localizado no Shopping do Vale. Além disso, a partir deste final de semana, um médico adicional será incorporado aos plantões diurnos de sábado e domingo durante todo o inverno.
A SRAG, caracterizada por sintomas como febre, tosse, dor de garganta e, principalmente, dificuldade respiratória que exige internação, é a principal preocupação neste cenário. As autoridades municipais emitiram um forte apelo à população: procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Estratégias de Saúde da Família (ESF) para casos leves, reservando a UPA e o hospital apenas para emergências e situações de maior complexidade ou risco de vida. A SMS reforça a importância das medidas preventivas: higienização rigorosa das mãos, uso de máscaras em ambientes fechados ou aglomerados, e atualização da vacinação contra gripe e Covid-19.
