O prefeito Miki Breier (PSB) postou vídeo no qual pede que sua base de governo aceite a abertura do processo de impeachment que será votado a partir das 18h desta terça pela Câmara de Cachoeirinha.
Foi minha sugestão de domingo, no artigo O capeta está solto em Cachoeirinha: querem tomar de assalto a Prefeitura; Minha sugestão para Miki.
– Não tenho medo de julgamentos, de enfrentar ataques baixos e mentirosos. Por isso, pedi aos vereadores da minha base de apoio na Câmara que aceitem a abertura do processo de impeachment contra mim – apela o prefeito.
– Tenho certeza que serão esclarecidas todas as dúvidas sobre a minha administração frente à prefeitura de Cachoeirinha – segue, lembrando ter sido vice-prefeito e vereador de Gravataí, secretário da Educação de Cachoeirinha, além de deputado estadual por duas vezes e secretário de Estado, sem nunca ter sido envolvido em escândalos de corrupção.
Miki conclui:
– Também peço que a população acompanhe o processo, para que não paire nenhuma dúvida sobre minha conduta e para que conheçam a conduta daqueles que agem de má-fé.
Assista ao vídeo e, abaixo, sigo na análise
Domingo, conclui o artigo O capeta está solto em Cachoeirinha: querem tomar de assalto a Prefeitura; Minha sugestão para Miki assim:
“…
Aí vem minha sugestão a Miki.
Permita a abertura do impeachment. Teste quem é quem. Ajude a sociedade a compreender quem são os que pensam um pouco na cidade, ou apenas no poder, em cargos ou pichulé.
Sim, porque buscar uma nova eleição, apenas por suspeitas de casos que JÁ ESTÃO sob investigação de órgãos que tem a técnica e recursos necessários para fazê-lo, com menos de SEIS MESES de governo, é de uma irresponsabilidade que só a política mais rasteira permite.
Não esqueçamos que tudo isso acontece em uma pandemia e sob o luto de 412 vidas perdidas entre a ponte e a 59.
Se a Justiça apontar provas de corrupção, que Miki e Maurício sejam cassados e mandados para a lata de lixo da História. Não pode a Câmara já querer julgar casos em andamento apenas por ‘convicção’. E nem o MP, como a ‘Vaza Jato’ bem mostrou.
Esse denuncismo, e a autofágica permissão aos políticos apenas da presunção de culpa, nos levou à beira desse precipício nacional. E lá embaixo, olhando para cima, com gasolina a R$ 6, gás a R$ 105, propaganda de ovo no AgroÉPop da Globo e aqueles que apontaram corruptos na mesa do lado agora mais, ou tão bandidos quanto.
Talvez seja esse o pior momento dos poucos 55 anos de emancipação de Cachoeirinha. Neste artigo não vou citar nomes ou folhas corridas, para não misturar reputações. Mas, em algum momento, será obrigação jornalística fazê-lo, para que a sociedade conheça seus ‘juízes’. Assim como não tenho político de estimação e farei se Miki e Maurício um dia forem condenados corruptos, dentro dos devidos processos legais.
Ao fim, insisto em minha sugestão: pague para ver, Miki!
Se 12 vereadores abrem o processo de golpeachment, entre os 17 você precisa de apenas 5 contrários para arquivá-lo. Talvez com uma base na Câmara que realmente acredite, e se associe a seu programa de governo, tudo funcione melhor e Cachoeirinha se livre de vez da CCmania, da histórica cultura do toma-lá-dá-cá.
Sei gostas de Belchior. Inspire-se na última canção do lado B do álbum “Alucinação”, de 76. Tudo está como o diabo gosta. Não reverencie ao pior da política.
…”.
Sigo hoje.
Se ‘revelei’ que o capeta estaria solto até esta terça em Cachoeirinha, a permanência será estendida pelos próximos 30 dias, que é o prazo para comissão processante ouvir envolvidos, testemunhas e preparar o relatório para votação pelos 17 vereadores.
Em 28 de agosto saberemos quem é quem.
Fato é que a pobre Cachoeirinha segue sob ameaça, política e para-política, de ser tomada de assalto e se tornar a ‘República da Chinelagem’.
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