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Câmara de Cachoeirinha suspende assessor de presidente do impeachment após denúncia de advogado de Miki; CC foi candidato a prefeito pelo PT

Portaria assinada pela Presidência da Câmara tem data de 10 de março de 2022

O presidente da Câmara de Cachoeirinha Cristian Wasem (MDB) afastou preventivamente, por 60 dias, prorrogáveis por mais 30, Jeferson Lazzarotto, assessor parlamentar do vereador David Almansa (PT), por supostamente ter atuado em processos particulares e contra a Prefeitura e a Câmara durante o horário de expediente.

Conforme documento a que o Seguinte: teve acesso o presidente afastou o CC para “apuração da falta a ele imputada”, conforme o Regime Jurídico Único dos servidores.

Procurado, Jeferson ainda não respondeu. Já Almansa disse ainda desconhecer a portaria 078/2022:

– Não tenho ciência e não fui comunicado.

Reportei a polêmica em Advogado de Miki denuncia suposta atuação irregular de assessor em conluio com vereador que preside impeachment em Cachoeirinha; O alerta do Stanislaw Ponte Preta.

Reproduzo, para quem não acompanhou:

“O advogado André Lima apresentou denúncia à Câmara de Cachoeirinha pela suposta atuação irregular de Jeferson Lazzarotto, assessor jurídico do vereador David Almansa (PT) e candidato a prefeito pelo partido em 2020, por ter atuado em processos particulares e contra a Prefeitura e à Câmara durante o horário de expediente.

O defensor do prefeito afastado Miki Breier no impeachment, que explica fazer a denúncia como pessoa física, também anunciou que vai ingressar com notícia crime no Ministério Público para investigar improbidade administrativa do parlamentar, que é o presidente da comissão processante suspensa pelo Tribunal de Justiça.

Em uma denúncia de 24 páginas e outras 91 de documentos em anexos, Lima lista 13 processos em que Lazzarotto teria advogado irregularmente enquanto assessora o vereador.

Em um deles, inclusive representando seu partido e do vereador em ação civil pública contra a Prefeitura, que é o órgão empregador, o que sustenta ser proibido pela Lei 8.906/94, o Estatuto da OAB.

“… O denunciado advoga contra seu próprio empregador, bem como resta cronológica e documentalmente comprovado que estava fazendo petição particular para o PT de David em horário de expediente, no qual é pago pelo povo, numa clara imoralidade e ilegalidade, frise, a serviço dos interesses políticos de seu chefe imediato…”, aponta Lima, citando o artigo 37 da Constituição Federal.

O advogado explica o envolvimento do vereador.

“… Tal fato isolado já é improbidade (…) em tal processo temos a prova cabal, a prova inegável, a prova da ciência pelo vereador de que seu assessor advogava a favor do PT, em horário de expediente e, inclusive, contra o município…”.

Em outro processo citado na denúncia, Lima cita movimentações processuais que colocariam Lazzarotto como representante de David Almansa –e dos também vereadores Marco Barbosa (PP) e Mano do Parque (PSL) – em mandado de segurança contra a Câmara.

“… Ou seja, os 3 vereadores usam um funcionário da Casa para processar a própria Casa Legislativa que os paga!…”, aponta Lima.

Ao pedir a suspensão imediata, ou exoneração de Lazzarotto, e que sejam declarados impedidos Marco Barbosa e Mano do Parque, caso o afastamento seja submetido à votação em plenário pelos vereadores, Lima reforça que, “… em tese, David, por ação mediante conluio com Jeferson ou por omissão, praticou o crime de improbidade administrativa, que é a designação técnica para corrupção administrativa…”.

Clique aqui para ler a íntegra da denúncia.

Procurados, Almansa e Lazzarotto não responderam ao Seguinte: nas últimas 24h.

Reputo a polêmica é mais um dos Grandes Lances dos Piores Momentos da guerra travada entre André Lima, advogado de Miki, e Almansa, que preside a comissão do impeachment e já declarou ser o prefeito afastado chefe da maior organização criminosa da história da cidade.

Detalhes do ‘Moro vs. Zanin’ às avessas ideológicas estão em artigos anteriores, como O ’triplex do Miki’: Na ânsia de cassar, vereadores vão absolver prefeito afastado em Cachoeirinha; Inocente de quê?.

Entendo que, por preservação, é possível Lazzarotto ser demitido pelo presidente da Câmara Cristian Wasem (MDB), que juridicamente é o responsável por toda e qualquer nomeação de CCs.

Já uma responsabilização de Almansa por improbidade administrativa é difícil, já que Lazzarotto é advogado e, por lógica, caberia a ele (que presidiu a OAB por duas vezes!) alertar o vereador sobre eventuais irregularidades.

Inegável é que o dano político está dado; principalmente no Grande Tribunal das Redes Sociais.

Ao se comportar como algoz de Miki – e quase como um Diógenes com uma lanterna na mão procurando um honesto na política de Cachoeirinha –, para Almansa não basta ser, é preciso parecer.

Não por nada, André Lima abre a denúncia com uma máxima de Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do escritor, cronista, jornalista e radialista brasileiro Sérgio Porto:

– Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!

 

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Ao fim, concluo mais uma vez como nesta semana em A política de Cachoeirinha está na m.!.

Alerto desde o ano passado para a fama de cidade de bandidos que ganha Cachoeirinha, tamanha falta de limites no denuncismo; e, também malfeitos.

‘República da Chinelagem’, apelidei.

Não invoquei o Pai Merdanelles, aquele que faz previsões não nos búzios ou na borra do café, mas sim na espuma da cerveja e na cinza do cigarro, mas profetizei: “… É inevitável o ‘Efeito Orloff’ dessa razia da política. Vai arrastar todos os políticos, de oposição ou governos, puxa-sacos, aspirantes e CCmaníacos que querem tomar a Prefeitura de assalto, ao fuzilamento pelas metralhas de teclados no Grande Tribunal das Redes Sociais – cujas ‘togas’ pendem para ambos lados da ferradura ideológica…”.

Segui: “… O ‘Eu Sou Você Amanhã’ do comercial de vodca de 1987, que ontem tornou presidiário o denunciador dos “300 picaretas do Congresso”, é experimentado hoje pelo deprimente da república, assim como aconteceu no interregno com o juiz ladrão…”.

Avisei: “… Quem paga a conta dessa molecagem – e do rancho – é o povo. Ou alguém não sabe que um governo walking dead – e forçadamente parado – é porto para o assalto de todo tipo de pirata da política? Ou alguém não antevê que governos, para não se encastelarem, precisam de oposição com credibilidade para que a sociedade não escolha apenas o 'menos pior'? Ou alguém acredita que investidores querem colocar dinheiro em uma Cachoeirinha na qual não se sabe quem será o prefeito amanhã?…”

Conclui: “… Navegando pelas redes sociais parece que os corruptos são encontrados em várias partes do mundo, quase todas aqui…”.

Nos últimos sete meses, só piorou. Afogamo-nos no Grande Tribunal das Redes Sociais e em um noticiário político-policial.

 

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A política de Cachoeirinha está na m.!

 

Ao fim, repito, lamentavelmente não pela última vez: pobre Cachoeirinha!

Entre feitos e malfeitos, é um #ForaPovo o que andam cometendo, não só oposição, mas governo também. Nada mais necessário que a política, mas precisarão fazer muito os envolvidos para recuperar a confiança da população”.

 

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