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Câmara gasta 67,4 mil com consultorias; a CPI, a ex, o lixo e o tapete

No artigo Consultoria custa mais de 50 mil para CPI em Cachoeirinha; the new Gravataí 2011, revelei no Seguinte: o gasto da Câmara com a contratação da ULC Perícia & Assessoria para não deixar as tartarugas escaparem na já prorrogada ‘CPI do Lixo’.

A CPI foi criada para apurar possíveis irregularidades no contrato emergencial mantido há dois anos e meio entre a prefeitura de Cachoeirinha e a empresa SKM Empreendimentos e Comércio para a varrição e capina das ruas da cidade.

O jornalista Eduardo Torres foi além, no Diário de Cachoeirinha, e identificou um gasto de R$ 67,4 mil com consultorias no legislativo, somando os R$ 14,7 mil anuais contratados com o Instituto Gamma, também para a “prestação de assessoria contábil e jurídica”.

Como bem relata a reportagem CPI do lixo reforçada por perícia em contas da Prefeitura tem um mês para termina, a SKM atualmente presta o serviço com um contrato emergencial assinado em setembro do ano passado, e recebendo R$ 1,06 milhão por mês. Até então, a mesma empresa prestava o serviço, também sem licitação, desde maio de 2017, quando a prefeitura rompeu o contrato que mantinha com a empresa Pioneira.

Em 2018 chegou a ser aberta concorrência para a limpeza urbana, mas, trancado na Justiça, um ano depois o processo foi anulado pelo governo Miki.

– É um tema complexo, que exige um trabalho técnico aprofundado e criterioso. O resultado desta perícia contábil será fundamental para o meu relatório – explicou ao Diário Alcides Gattini (MDB), relator da CPI, sobre a necessidade de contratar peritos.

– Mesmo no recesso, o trabalho tem sido intenso, com os auditores. Estamos realizando oitivas para checagem de documentação farta, e ainda visitas a campo, por exemplo, em praças. Estamos checando se os serviços contratados foram mesmo realizados.

Ao fim, o que a CPI faz bem até agora é ‘sangrar’ o governo Miki, que fica sob a suspeita de corrupção e a ameaça de uma cassação. Pena que, se o objetivo é ‘passar a limpo’ os contratos do lixo, os vereadores não se interessem por investigar também os serviços prestados pela empresa anterior, a Pioneira.

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