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CANOAS | “A Câmara não pode ficar silente”, diz Juares; a senha para CPI e o ‘janelão’ do troca-troca

Juares Hoy, vereador do PP. Foto: Bruna Ourique/Arquivo CMC

Líder do governo confirma vontade de abrir investigação sobre gestão de Jairo Jorge, mas diz que não fará nada sozinho

“Será uma decisão de grupo”, avisa Juares Hoy (PTB). “Mas acho que a Câmara não pode ficar silente sobre esses escândalos todos”.

É a senha que confirma que há, de fato, um plano para abrir uma CPI e investigar pela Câmara de Canoas a gestão de Jairo Jorge. Pelos corredores, se fala bastante em usar como base o rompimento do contrato da telemedicina, ação implementada por JJ para ampliar o acesso à consultas especializadas na Saúde e que foi interrompido entre dezembro e janeiro pelo prefeito interino, Nedy de Vargas Marques. Há um apontamento do Tribunal de Contas do Estado por suspeita de sobrepreço no contrato, mas o caso ainda está sob avaliação e deve ser auditado pelo órgão de fiscalização.

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“O prefeito está afastado há quase um ano e meio. É quase a metade do mandato. Daqui a pouco a Câmara vai precisar se manifestar sobre isso”, argumenta Juares sabe que, hoje, o governo não tem maioria na Câmara, mas pode contar com 10 dos 21 vereadores a seu favor. Para abrir a CPI, são necessários 7. É por isso que não se fala, ainda, em impeachment ou cassação; só em CPI.

O que pode resolver o quadro, tanto pela abertura de uma investigação, por uma comissão processante ou enterrar de vez uma e outra ideia, é a janela de troca-troca com data marcada para iniciar em 7 de março. E partir deste dia que os vereadores que pretendem concorrer em outubro pode mudar sua filiação partidária. De olho na reeleição, 10 dos 21 são cotados para ‘mudar o fardamento’ antes de buscar as urnas. E o lado que escolherão tende a consolidar o apoio ao governo ou à oposição – por consequência, adesão ou distanciamento de Jairo Jorge.

No quadro de hoje, com a oposição tendo 11 a 10 no plenário, mesmo que uma CPI fosse aberta, não haveria votos suficientes para aprovação de um relatório contrário à JJ – muito menos uma eventual cassação. Mas a política é como as nuvens e, em Canoas, parece até uma cumulus nimbus; não se pode descartar qualquer desfecho de antemão, portanto.

O blog levantou que a tendência é de que primeiro se resolva a questão das filiações e apoios para a eleição a partir da janela. Só então é que se avaliará o papel de uma eventual CPI para a disputa da sucessão. Crucial, neste momento, é definição ainda guardada a sete-chaves sobre a escolha de Nedy por um partido e a decisão dele em entrar ou não na disputa pela Prefeitura. Esses movimentos ditarão o ânimo de parcela dos vereadores sobre abraçar o paço ou dedicar-se à oposição.

No fundo, a verdade é que a eleição está a determinar a conveniência de uma CPI.

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