Candidato a deputado federal avisou o partido que seu apoio para presidente é do capitão
“Se quiserem a minha contribuição, estou disposto a dar”, disse. “Eles sabem que vou de Bolsonaro”.
A resposta de Airton Souza, pré-candidato a deputado federal este ano, poderia esconder uma insubordinação – mas não é o caso. Seu partido, o MDB, terá Simone Tebet disputando o Planalto. Ele, no entanto, vai de Bolsonaro. “Acredito que ele seja o melhor para o Brasil”, avalia. “A pauta da família tradicional é muito importante para nós que somos envangélicos”.
A identificação é tamanha que ele hoje é, disparado, o mais bolsonarista entre os vereadores – um pouco menos enérgico do de Juares Hoy, mais convicto do sugere a filiação ao Progressistas de José Carlos Patrício e Aloísio Bamberg.
Semanas atrás, estava disposto a comprar a briga com a recém empossada vereadora Tina Colares, do PV, que foi a tribuna e saudou ‘todas, todos e todes’ – usando a famosa linguagem neutra. “Isso não existe na língua portuguesa”, refutou Airton, que prometeu combater o discurso, case se repetisse.
“A família tradicional começa com um homem e uma mulher. Não tenho nada contra os gays, tenho amigos que são gays e a amizade continua, sempre com respeito. Mas impor ideologia de gênero à sociedade não está certo”, afirma.
Domingo passado, na convenção que decidiu abortar a missão da candidatura própria e indicar Gabriel Souza para compor chapa com Eduardo Leite, Airton foi oficializado candidato a deputado federal.