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CANOAS | Bate e rebate: Nedy contesta ‘dívida’ do HU

Nedy de Vargas Marques, vice-prefeito acossado pelo processo de impeachment, tem respondido publicamente a toda informação que aponte responsabilidade de sua gestão para crises vividas na cidade. Foto: Arquivo

Vice prefeito envia nota à imprensa questionando informação de que cirurgias eletivas estão suspensas por conta de dúvida que teria sido deixada por sua gestão à frente do município

Nedy de Vargas Marques será o ‘marcador’ do próprio impeachment.

Se fosse no futebol, seria um volante de Gauchão, um legítimo camisa 5 – daqueles que depois que entram em campo, nem sorriem mais. Digo isso porque nesta quinta-feira, 27, ele novamente rebateu informações divulgadas mais cedo de que há uma dívida de cerca de R$ 12 milhões da Prefeitura com o Hospital Universitário, o HU. E que por conta disso, as cirurgias eletivas foram suspensas na instituição por pelo menos 10 dias – este assunto, tratei no post Dívida e cirurgias eletivas suspensas: crise financeira pega HU e dá assunto à política.

Confira, a seguir, a nota completa.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO VICE PREFEITO DE CANOAS, DR NEDY MARQUES, SOBRE SUSPENSÃO DE ELETIVAS NO HU

A suspensão das cirurgias eletivas no Hospital Universitário (HU) é um crime contra a saúde pública e serve como cortina de fumaça para atacar a minha honra e criar narrativa fantasiosa para cassar o meu mandato, através do impeachment.

Politizar a saúde pública é negligenciar o atendimento aos canoenses. É importante esclarecer que não existe déficit de R$ 169 milhões na Prefeitura, tampouco dívida com o HU de R$ 12 milhões. Mesmo com a queda na arrecadação de recursos do ICMS, os repasses para os três hospitais (HU, HNSG E HPSC) sempre estiveram em dia até eu deixar de ocupar o cargo de prefeito em exercício.

É importante esclarecer também que o contrato assinado por Jairo Jorge com a Funam, em 2021, previa um custo muito abaixo do ideal para suprir as demandas do HU, cerca de R$ 9 milhões, o que era de conhecimento de Jairo Jorge. Com valores insuficientes, meses depois, a empresa Funam passou a pedir um aditivo nos valores previstos em contrato.

Como advogado que sou, desconfiei e a prefeitura ingressou com ação civil pública na justiça pedindo a intervenção no hospital, o que foi concedido pelo Poder Judiciário após parecer favorável do Ministério Público.

Com a intervenção no HU, garantimos todos os recursos para que os atendimentos fossem feitos na sua normalidade. Em nenhum momento a obediência à lei causou prejuízos ao funcionamento do hospital.

Somente após a decisão autorizativa da justiça e com a manifestação favorável do Ministério Público, o aditivo contratual foi feito de forma legal e transparente. Para garantir a legalidade do aditivo era imprescindível a autorização judicial.

Mesmo diante do afastamento de Jairo Jorge, por denúncias de corrupção na saúde, que somam pelo menos R$ 66 milhões, segundo o Ministério Público, o HU seguiu com as portas abertas e ainda ampliamos os atendimentos. Somente em 2022, foram 7.843 atendimentos, 3.898 cirurgias, 2.841 partos e mais de 600 mil exames. Conforme matéria no site da Prefeitura:

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