EClima e Defesa Civil monitoram aumento no volume de água que desce pelo rio depois que a chuva para na encosta da Serra
Depois da passagem do ciclone, ou sistema de baixa pressão, como era conhecido o fenômeno climático anteriormente, os ventos deixaram de ser a preocupação do momento. O que atrai a atenção das autoridades a partir de agora é o nível do Rio dos Sinos. Segundo o Escritório de Resiliência Climática (Eclima/Defesa Civil), que monitora em tempo real a situação, o volume das águas do Rio dos Sinos atingiu a marca que representa risco de enchente. Pouco depois das 15h30 desta quinta-feira, 13, o índice de 1,81 metros foi alcançado no ponto de controle na Praia do Paquetá e entrou em alerta vermelho na cota de inundação.
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“Entramos em alerta a partir do momento que a água passa de 1,80 metro. De 2 a 2,5 metros, a água do rio chega à rua. O nível segue subindo”, explica o secretário adjunto da Defesa Civil, Igor Sousa. No fim da tarde, os agentes estiveram na região ribeirinha para a verificação in loco da situação. Os pontos mais críticos para enchente no município são a Praia do Paquetá, no Mato Grande; Rua da Barca, no Harmonia, e a rua Berto Círio, no bairro São Luís.
Novos boletins periódicos para prevenir danos em virtude da cheia serão informados pela Prefeitura e, claro, o blog acompanha. Vale lembrar que tanto o Rio Gravataí como o Sinos tem como característica o aumento do nível das águas nos primeiros dias após a chuva. No caso dos Sinos, isso acontece porque a nascente do rio, na encosta da Serra, recebe um maior volume de água que durante a chuva se acumula em terrenos e áreas de várzea. Com o tempo seco, essa água acumulada desce para zonas mais baixas e, por isso, há o alerta para enchente mesmo que o sol volte à região nos próximos dias.
No caso do Rio Gravataí, Canoas sofre menos porque as áreas de várzea, onde a água acumula após as chuvas, se concentram nos municípios de Alvorada, Cachoeirinha e Porto Alegre. No entanto, a foz do manancial, no Arroio das Garças, quando em cheia, interfere no fluxo do Rio dos Sinos, retardando o deságue no Guaíba.
Nível do Rio dos Sinos na quinta, 13
5h: 1,53m
6h: 1,53m
7h: 1,54m
8h: 1,54m
9h: 1,57m
10h: 1,63m
11h: 1,66m
12h: 1,71m
13h: 1,74m
14h: 1,76m
15h: 1,79m
16h: 1,82m
17h: 1,83m
18h: 1,83m
Previsão do tempo
De acordo com o EClima, o tempo passa a firmar a partir de sexta-feira, 14, à tarde. Ainda existe possibilidade de rajadas de vento ao redor de 50 km/h. Vale destacar que os próximos dias serão de frio intenso.
Para o sábado, 15, as temperaturas devem oscilar entre 3° e 6°, com sensação térmica abaixo da real por conta do vento. Já no domingo, a mínima deve chegar aos 7° e a máxima não passa dos 17° em Canoas. Bom sacudir os casacos do armário.
Canoas Solidária
Falando em casacos, quem quiser doar roupas para a moradores em situação de rua ou famílias que passam por dificuldades para se proteger do frio pode procurar a Prefeitura ou ir diretamente no abrigo montado para receber quem precisa de acolhimento no projeto Canoas Solidária. O local fica no bairro Niterói, no ginásio do antigo Colégio São Paulo, com funcionamento das 17h às 7h durante todos os dias da semana.
![](https://seguinte.inf.br/wp-content/uploads/2023/07/canoas-solidaria-2222-1024x682.jpg)
No ginásio, estão sendo recebidas doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, roupas de cama e peças de vestuário. Na noite de quinta, 13, o Banco de Oportunidades esteve por lá cadastrando os interessados em buscar uma nova oportunidade de reinserção no mercado de trabalho.
O Canoas Solidária mantém acolhimento disponível para as cerca de 100 pessoas que estiveram no abrigo durante a última noite e madrugada.
Com informações do ECom/PMC.