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CANOAS | Com o CanoasTec como pano de fundo, 1 a 0 para o ‘novo’ Jairo Jorge

Da esquerda para direita: Emílio Neto, líder do governo, e o secretário Mário Cardoso, ao lado do presidente Cris Moraes e do vereador Eric Douglas: extinção da CanoasTec está revertida. Foto: Divulgação/CMC

Aprovação do projeto que reviu a extinção da Fundação de Tecnologia, a CanoasTec, testou apoio da Câmara ao governo

Foi 18 a 1, com o voto contrário apenas do vereador Juares Hoy (PTB), como já se previa. Abmael (Solidariedade) está em Brasília e não votou. Todos os demais foram favoráveis à aprovação do projeto de lei que ‘extingue a extinção’ da CanoasTec, a Fundação Municipal de Tecnologia da Informação de Canoas. Em fevereiro, esta mesma Câmara aprovou a guilhotinada dentro do arcabouço da reforma administrativa proposta pelo então prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques – não sem polêmica; até o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, o SindPPD, se mobilizou em audiências públicas para manter a entidade em pé. Com o retorno de Jairo Jorge ao governo, em 28 de março, a promessa constou do discurso de posse. E está feita.

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Aprovar a reversão da extinção da CanoasTec também era um ponto importante para o novo secretário de Relações Institucionais, Mário Cardoso – e por dois motivos. Um deles é a ligação que tem com o SindPPD, do qual já foi inclusive dirigente. Mário é funcionário do Banrisul, cedido ao governo de Canoas. Além disso, foi nomeado em 2021 como vice-presidente da CanoasTec – função da qual foi demitido no ano passado por Nedy, especialmente por conta de sua relação próxima a JJ, do qual já havia sido secretário antes e candidato a vice de Beth Colombo na sucessão de 2016.

Outra razão: aprovar o ‘stop’ na extinção da CanoasTec foi o primeiro embate do governo Jairo Jorge na Câmara pós-retomada e com a peculiaridade de não haver, ainda, uma base de apoio formalmente estabelecida. Quando voltou ao cargo, o prefeito deu um passaralho em praticamente todos os escalões do governo – incluindo indicações de vereadores. Objetivamente, o plano era recompor a base a partir de uma nova relação – o quarto governo Jairo Jorge, como ele mesmo tem dito. E, para isso, era importante que assessores considerados ‘enraizados’ em determinadas funções fossem tirados de sua zona de conforto. Havia, ainda, o temor de uma certa ‘apatia’ se fossem mantidos nos mesmos cargos e funções pessoas ligadas a Nedy, que assumiu irreversivelmente o posto de inimigo número 1 de JJ.

Com a votação que o projeto teve, a política dá um ‘ok’ a Jairo Jorge para o segundo passo que se projeta para a semana que vem: a reforma da reforma. O plano do governo ainda não foi tornado público, mas as linhas gerais foram lançadas no discurso da retomada, em 28 de março. Escritório de Gestão, Escritório de Resiliência Climática, a divisão da Saúde com uma secretaria específica para cuidar da Gestão Hospitalar, entre outras. É a partir desta reforma – que Jairo garante que não irá gerar mais custos ao governo – que a base política será definitivamente recomposta.

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