O União Brasil faz neste domingo, 24, a sua primeira convenção estadual com vistas à eleição de outubro. No Clube Farrapos, em Porto Alegre, o partido de Luiz Carlos Busato bate martelo sobre as nominatas para Assembleia e Câmara Federal, além da aliança já anunciada com Eduardo Leite, do PSDB.
Onyx Lorenzoni, do PL, também estava de olho no União, mas ali a parceria seria bem mais difícil. O União surgiu da fusão do Democratas, o ex de Onyx, e do PSL, o ex de Bolsonaro. UB tem candidato à presidência, Luciano Bivar, o que contraria os interesses do ex-ministro por aqui e do capitão por lá. Seria difícil, num quadro desses, conciliar tantas diferenças – e mágoas – num palanque nacional só.
Busato segue postulando a candidatura de deputado federal e dando tempo ao MDB para decidir se vai às urnas com candidatura própria ao Piratini ou topa indicar o vice na chapa de Leite. Há algumas semanas, ter um candidato ao governo gaúcho parecia algo bem mais consistente. Depois da visita de Baleia Rossi, presidente nacional emedebista, o grupo pró-Leite se fortaleceu e tem tudo para levar à convenção a estretégia da aliança com o tucano com Gabriel Souza de vice. José Ivo Sartori, sempre lembrado para concorrer, não dá indícios de que topará o desafio – muito menos de que está disposto a enfrentar a convenção, que está marcada para o domingo que vem, dia 31.
Se o MDB não vier, Busato é o ficha 1 para a vice em questão.
Para garantir a aliança, a convenção do União atribui à executiva estadual a tarefa de fechar questão, até 5 de agosto, na composição da aliança para o governo do Estado. Pode haver uma virada na mesa? Pode, mas não é um assunto colocado. O destino do União Brasil ao lado de Leite está sacramentado – a dúvida é se vai indicar o vice, se o MDB vai junto e alguns pequenos detalhes sobre as candidaturas proporcionais. Se Busato engrenar na chapa majoritária, por exemplo, Germano Della Valentina já está fardado para concorrer à Câmara Federal.