Atividade que deu início ao projeto foi lembrada pelo secretário de Relações Institucionais no evento deste sábado no Guajuviras
Em 13 de janeiro de 2009, um dia chuvoso como tem sido estes da última semana de novembro, Jairo Jorge dava início a um programa que acabou marcando toda sua trajetória à frente do governo: o Prefeitura na Rua. O secretário de Relações Institucionais, Mário Cardoso, foi quem lembrou daquela primeira edição ao ser designado para abrir o evento deste sábado, 18, no Guajuviras. “Eu morava no Rio Branco e a atividade era na Praça Lotário Steffens. Chovia bastante e até pensei que talvez iríamos cancelar, mas não”, contou. “Esse é um programa que tem a cara da gestão. Naquele dia, com chuva, ficou claro qual era o propósito da ideia: enquanto houver um cidadão esperando por Saúde, por uma vaga na escola, por moradia digna, nós estaremos aqui”.
O discurso de Mário não é à toa.
LEIA TAMBÉM
CANOAS | Nedy não vai até Bolsonaro; a ficção, o caso Tancredo e a verdade de Churchill
Ao chegar a 369ª edição do Prefeitura na Rua, é como se o governo tivesse passada mais de um ano inteiro, todos os dias, com chuva ou sol, em um bairro da cidade. Recentemente, durante a visita do presidente da Câmara de Valongo, em Portugal, o equivalente ao prefeito de lá, José Manuel Ribeiro ficou encantado com a possibilidade de dialogar diretamente com a população sobre os problemas da cidade. “Há que se reconhecer a importância de ferramentas como essa para a consolidação de uma resiliência democrática”, disse, em uma conversa que teve com o blog e que será publicada, na íntegra, na semana que vem.
Jairo Jorge quer ser o prefeito que mais janelas de diálogo abriu com a cidade. É a isso que Mário se refere ao dizer que o Prefeitura na Rua tem ‘a cara da gestão”: são 11 ferramentas de participação – incluindo aí o Orçamento Participativo, que nos anos 90 era um legado puramente petista, mas que a medida que foi chegando às cidades não comandadas por prefeitos do partido, acabou se tornando recurso e ação de gestão. Hoje em dia, independente da matriz ideológica, quem ouve o que a rua diz erra menos.
E, provavelmente, acerta mais.