Preços

CANOAS | Gasolina a 7 reais: quando será a nossa gota d’água

Preço dos combustíveis em alta é apenas o exemplo mais recente de que o trabalhador assalariado está perdendo renda. Foto: Agência Brasil

Tudo subiu na casa dos 'enta': luz, 40%; gasolina, 73%; tomate, 80%

Escrevi ontem na minha conta do Twitter que a cada ida ao supermercado, quem vive de salário se sente mais empobrecido. É porque estamos ficando mesmo mais pobres, na verdade. O aumento mais recente da gasolina, que deve chegar nesta terça-feira à R$ 7 em Canoas, é só o último episódio de um ciclo que se repete: preços reajustados + renda do trabalhador estagnada = menos comida na mesa. No fim das contas, a gente escolhe o que levar e o que não levar para casa, mas sempre leva menos.

A pergunta que fica é: quando será a nossa gota d'água?

 

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Entendo que parte do problema ainda seja reflexo da pandemia e de uma retomada lenta ou lentíssima – quase nula para alguns setores ainda. Mas o bolso que paga o giro dessa roda não está mais aguentando. Quer um exemplo? Sexta passada, na agência do Banrisul do Centro Canoas, na fila de espera por atendimento, conversei com 10 clientes; oito estavam lá para resolver algum tipo de superendividamento. Gente que trabalha e tem salário, mas que ao longo dos últimos meses – por conta da pandemia ou não – gastou mais do que podia reiteradas vezes. É claro que não fizemos um escrutínio detalhado de como cada um dá solução para seus problemas financeiros, mas me chama a atenção que quase todos, naquela sexta, tenham dado horas do seu dia a pedir ajuda do banco para não deixar de comprar comida para a família.

O preço da gasolina, no fundo, não é nosso único problema – é só o exemplo mais recente. A conta de luz já subiu 41,25% em 2021; o tomate, 82%. E a carne, que baixou um pouquinho porque a China deixou de comprar o que vinha encomendando, tinha disparado 60% antes disso. Os insumos da construção civil, que emprega milhões Brasil afora, dobraram em 10 meses. E ainda teria um rosário e meio de exemplos para citar, mas chega.

A pergunta que fica é: quando será a nossa gota d'água?

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