ECONOMIA E NEGÓCIOS

CANOAS | Governança: a palavrinha que pode catapultar o PCI e transformar o Guajuviras no segundo maior polo tecnológico do país

Régis Haubert, do Grupo Exatron: associação de empresas do PCI tem minuta de decreto para criança de uma governança para o parque e pretende apresentar ideia ao prefeito no início de maio. Foto: Divulgação

Empresas do PCI pretendem apresentar à Prefeitura um plano de governança para explorar o potencial do parque que pode se tornar o segundo maior do Brasil – e Canoas só tem a ganhar com isso

Régis Haubert, diretor do Grupo Exatron, contou ao blog que a associação das empresas instaladas no Parque Canoas de Inovação, o PCI, já tem a minuta de decreto que pretendem apresentar ao prefeito Jairo Jorge para implementação da governança do local. A governança é o marco zero da próxima etapa de expansão do PCI de forma organizada, útil, duradoura e transformadora – o passo que pode catapultar o parque e mudar o patamar de toda aquela zona da cidade, da cidade inteira, por certo. Em maio, vão ao prefeito com o documento.

“O PCI tem potencial para receber de 70 a 90 empresas de inovação e gerar 10 mil empregos, aproximadamente”, projeta Régis. “Em 10 anos, toda aquela área do Guajuviras pode mudar. E não só com as empresas de inovação, mas com tanta gente trabalhando no mesmo lugar, o comércio e os serviços se desenvolvem junto”. A estimativa dele é de que o PCI adequadamente funcionando gere R$ 3 bi de riqueza no PIB de Canoas, cerca de 15% a mais do que nível atual. Não é pouca coisa.

Mas se só falta governança, porque o passo ainda não foi dado?

Primeiro, porque era importante que o parque fosse criado. E foi. Quem quiser se instalar lá pode até ganhar o terreno de graça, desde que cumpra com exigências como a geração de empregos locais e inserção no ecossistema de inovação. Em 2011 foi lançado também o Fumdecan, o Fundo de Desenvolvimento de Canoas, que permite financiar ideias e negócios com créditos tributários municipais. A legislação brasileira para tecnologia, pesquisa e inovação deu um salto no período e a necessidade de uma governança autônoma para o parque se impôs inclusive como forma de acesso à recursos federais disponíveis para a área. É onde, a grosso modo, estamos hoje – e de onde a associação das empresas, sob a batuta de Régis, quer avançar.

A governança, nesse caso, funcionaria como uma espécie de gestão independente para os assuntos do parque. Precisa necessariamente ser formada por representantes dos empreendimentos instalados na área, do governo municipal e de entidades acadêmicas – as universidades e os institutos de educação técnica, por exemplo. Esse tripé – governo, empresas e universidades – garante a função primordial dos parques de inovação: desenvolvimento tecnológico com matriz local, gerando desenvolvimento a partir das vocações locais. Cabe à governança anunciar um gestor para o PCI que irá propor aos governos as melhorias da estrutura do parque, discutir soluções para os ‘gaps’ que existem hoje, como logística, energia e ensino, e projetar o crescimento ordenado da área. Para ser atrativo, inclusive fora do país, o PCI precisa de governança.

Hoje, o PCI está na Fase 1 e tem três empresas instaladas – todas do setor de engenharia eletrônica. Estão previstas mais 6 fases em uma área que totaliza mais de 300 hectares. Vale lembrar que o PCI não é apenas uma oportunidade para grandes empresas: a indústria da inovação costuma pagar melhor para seus colaboradores do que setores convencionais da economia. E tem ainda o espaço ‘Eutenhoumaideia’, que pretende ser um grande centro para aceleração de startups na cidade – mas isso é assunto para um outro post.

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