Justiça decide, no entanto, que 30% dos ônibus devem voltar à circular para garantir legalidade da paralização
Nova rodada de negociações restou infrutífera e a greve dos rodoviários de Canoas segue, comprometendo a circulação de pessoas provavelmente até os primeiros dias do ano que vem. Em audiência de conciliação na Justiça do Trabalho na tarde desta terça-feira, 29, Sindicato e Sogal não chegaram a um acordo sobre o pedido dos funcionários para que os salários sejam colocados em dia, além do pagamento de diferenças de vale-refeição, horas-extras, férias e FGTS devido de fevereiro para cá.
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A Justiça, no entanto, determinou o imedito retorno de 30% da frota às ruas. Como o transporte coletivo é considerado um serviço público essencial, para que o movimento grevista seja enquadrado nos critérios da lei, precisa garantir que a população não seja completamente desassistida. Em caso de não cumprimento dessa regra, o Sindicato dos Rodoviários pode ser multado em até R$ 100 mil por dia.
Segundo o sindicato, mais cedo a Sogal havia proposto pagar a quinzena de dezembro, que era para ter sido quitada no dia 15, se os funcionários voltassem ao trabalho. Mas que não tinha recursos para honrar o 13º nem as diferenças de ticket e horas extras. A Sogal, no entanto, não confirma nem desmente essa informação. Os contatos com a empresa seguem sem retorno.
A greve dos rodoviários começou com uma assembleia geral no sábado, 20 de dezembro. Na terça, cruzaram os braços completamente. De lá para cá, houve pelo menos quatro tentativas oficiais de acordo, mas nada convenceu as partes da necessidade de retorno. Com a posse do novo governo na sexta-feira, espera-se que o prefeito Jairo Jorge (PSD) assuma as negociações e avance em direção ao fim da greve que deixou Canoas sem ônibus no Natal e ameaça deixar também na virada do Ano.