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CANOAS | Greve dos metroviários: trens param no sábado, ‘dia um’ da Expointer; chance de reversão, tem

Metroviários se preparam para protesto com paralisação do serviço de trens no sábado, 26, primeiro dia de portões abertos da Expointer. Foto: Arquivo/Trensurb

Blog publicou nas redes sociais que paralisação seria na sexta, mas está errado: protesto dos funcionários do metrô será no sábado, 26

Quem pensa em conhecer os estandes, animais e a área da sempre saborosa agricultura familiar na Expointer 2023 no sábado, 26, precisa repensar o plano de transporte se a ideia era chegar ao Parque Assis Brasil, em Esteio, de trem. Neste dia, os metroviários programaram uma grande paralisação nos trens como forma de protestar pelo pouco avanço nas negociações do dissídio da categoria. A decisão de manter a paralisação ou garantir o fluxo normal do metrô sai nesta sexta, 25 – mas, por enquanto, a tendência é de braços cruzados entre os representantes da categoria.

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Os metroviários estão mobilizados por reposição salarial, reajuste no vale-refeição e saída imediata da Trensurb do PND, o Programa Nacional de Desinvestimento – o que, na prática, significa privatização – entre outros pedidos pontuais. A empresa ofereceu 3,06% de reajuste – a inflação de maio de 2022 a maio de 2023 é de 3,94% medida pelo IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. O SindiMetrôRS, no entanto, alega perdas com falta de reposição em anos anteriores, o que estaria defasando o salário dos trabalhadores. Eles pedem a reposição inflacionária e mais 6% a título de recomposição do poder de compra dos salários – o que, somando, daria um índice próximo de 10%.

Eles também pedem um reajuste de 37% no vale-refeição – mesmo índice aceito pela União durante as negociações com os funcionários do Grupo Hospitalar Conceição, o GHC.

Já sobre o PND, há concordância – pelo menos, no discurso. O governo federal já manifestou a intenção de manter a Trensurb pública; falta, no entanto, a formalização dessa intenção. No mês passado, representantes do SindiMetrô estiveram em Brasília para uma protesto conjunto com os sindicatos da categoria em outros estados e foram recebidos por um assessor da presidência da República. A demanda de tirar a Trensurb do plano de privatizações foi encaminhada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que ficou de entregar um relatório sobre o andamento dessa questão até esta sexta-feira, 25. A tendência é de que a privatização, que está suspensa, seja definitivamente arquivada, mas o SindiMetrô quer isso no papel, oficialmente.

A decisiva assembleia desta sexta

As chances de que a paralisação de sábado seja suspensa dependem de um avanço rápido nas negociações do dissídio. Uma reunião entre a direção da Trensurb e o SindiMetrô agendada para esta quinta, 24, foi adiada para a manhã desta sexta, 25. Há a expectativa de que seja apresentada uma nova proposta por parte da empresa. O SindiMetrô já agendou para meio-dia uma nova assembleia no pátio da Trensurb para avaliar a questão e encaminhar uma decisão definitiva sobre sábado.

Até lá, aguardemos.

O novo presidente da Trensurb, Fernando Marroni, assumiu o posto no final de julho e pôs a discussão do dissídio da categoria na prioridade número 1 da empresa com a União. A questão que emperra uma avanço, no entanto, são os marcos financeiros da Trensurb. A missão de Marroni é otimizar receitas e conter custos uma vez que os repasses de subsídio do Governo Federal para a operação dos trens estão contingenciados e não há margem para repasses de novos custos à tarifa cobrada dos usuários do transporte.

Por óbvio, Marroni sofrerá pressão tanto do Governo do Estado quando de empresas e entidades que participam da Expointer para que não haja diminuição de trens durante a feira.

O tempo, agora, corre a favor dos trabalhadores.

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