Com a bênção do ‘papa’ Cláudio Janta e do ‘cardeal’ Mário Cardoso, Naligia Alves vai disputar uma vaga na Assembleia pelo Solidariedade
Naligia Raquel, que até meses atrás atuava na Secretaria de Cultura de Canoas em uma função indicada pessoalmente pelo prefeito Jairo Jorge, fora da cota dos partidos, vai às urnas em outubro pelo Solidariedade atrás de uma cadeira no parlamento gaúcho. Bandeira? O enfrentamento e combate à violência contra as mulheres, irá oficializar a sua candidatura para a Assembleia Legislativa.
O projeto desenvolvido por ela será pioneiro no país e promete endurecer a vida de agressores. “Esta nossa pauta não fica somente na esfera jurídica ou policial. É uma pauta social, de total cuidado e proteção com a vítima”, ressaltou Naligia.
Não poderia ser mais atual, o assunto.
Em dois anos de pandemia, aumentaram em quase 200% os casos de violência doméstica nas periferias. E vale lembrar que os dados se referem apenas aos casos que acabam registrados em delegacias ou pela Brigada Militar. Tantos outros, incontáveis outros, ocorrem todos os dias e seguem sob a proteção do medo, da vergonha e da dor. Agressores anônimos pegam o mesmo ônibus que todos nós, compram no mesmo supermercado, bebem da mesma cerveja e confiam que seguirão impunes; a sorte deles é o descrédito da nossa própria humanidade. A ideia de ‘um tapinha não dói’ os autoriza: a violência física é só uma face dessa tragédia cotidiana que é a humilhação do homem sobre a mulher ou sobre os filhos.
Para a empreitada, Naligia conta com o amém do papa Cláudio Janta e do cardeal Mário Cardoso, presidentes estadual e municipal do Solidariedade – presentes à convenção do partido na sexta-feira, 22. Outro dia, em um tuíte, comentei que ela é uma pessoa que gosta de fazer política. A campanha, agora, também lhe dará um propósito.
