Vice no exercício do governo conversou com o blog no dia do aniversário da cidade sobre expectativa para decisão que pode reconduzir JJ à Prefeitura
Chegamos à terça-feira, 28, o segundo dia útil de uma semana que promete emoções. Mais uma vez, a política vive a expectativa de que o ministro Sebastião Reis Júnior, da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, o STJ, em Brasília, decida de Jairo Jorge pode voltar ou não ao comando do governo. No final de semana, o processo deu ‘passos de caranguejo’, por assim dizer: andou para o lado. As movimentações que foram atualizadas na página do STJ na internet se referem a andamentos já consolidados, como o não conhecimento do habeas em 15 de junho e a retomada da análise, feita depois que a defesa do prefeito identificou que o tribunal havia se passado na conferência de uma formalidade a respeito de documentos entregues.
Se na quinta e na sexta da semana passada, aliados de JJ gastaram a tecla F5 do computador tentando descobrir o que decidiu ou está para decidir o ministro Sebastião, esta semana a tendência é que os ansiosos controlem melhor os nervos. A notícia que esperam virá, cedo ou tarde, para o bem ou para o mau, no tempo da Justiça.
Quem está acostumado com esse tempo é causídico Nedy de Vargas Marques, o prefeito em exercício. Advogado criminalista por ofício, entende que o passo cego da Justiça é, por vezes, lento – mas sempre anda. E, nesse caso, torce ele para que seja a favor de Jairo Jorge. “O Jairo Jorge não cometeu crime algum, não há denúncia, ele não sabe nem do que tem que se defender”, avalia Nedy.
“Sinceramente, espero que ele volte já com a liminar e volte logo. Antes, éramos dois no dia a dia da Prefeitura. Agora, sou apenas um. A experiência e a capacidade de Jairo Jorge fazem falta”, completa. “Canoas é a 3ª economia do Estado, a 50ª do país. Não estamos parados, mas precisamos do prefeito conosco”.
Não há prazo para que o ministro Sebastião dê o despacho no pedido de habeas corpus feito pela defesa de JJ. Esses casos, no entanto, não costumam demorar em excesso já que o habeas é um instrumento jurídico cabível em casos em que o direito de uma pessoa está em risco. Caso aceite o pedido, o ministro pode determinar que Jairo retome imediatamente o mandato ou envie o processo para ser julgado no plenário da 6ª Turma. Se for assim, o julgamento entraria em pauta para análise dos demais ministros e só depois que todos emitissem o voto é que haveria uma definição sobre o retorno do prefeito ou não.
Por enquanto, segue a expectativa.