Aceite do município em receber pacientes do Norte do país é visto com satisfação pelos caciques da Saúde em Brasília
Canoas deve receber no final da tarde desta terça-feira, 26, até 20 pacientes vindos de Rondônia, no Norte do país, para se tratarem dos efeitos da Covid-19 no Hospital Universitário, o HU. A confirmação veio no domingo, depois de um contato direto do Ministério da Saúde e a ciência do Governo do Estado. "Diante da grave crise que está se passando no Norte, o Ministério da Saúde nos contatou para discutir a possibilidade dessa transferência de pacientes", conta o secretário municipal da pasta, Maicon Lemos.
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O número total de pacientes ainda não foi confirmado, mas não deve passar de 20. "São todos pacientes para leitos de enfermaria, casos mais leves", revela o secretário. "O Ministério da Saúde vai garantir apoio financeiro para suprir os custos dessas internações", informa.
Amazonas e Rondônia são os dois Estados brasileiros que enfrentam os maiores problemas no combate à pandemia. Em Manaus, as notícias de falta de oxigênio e óbitos por asfixia em internados graves tomam conta dos noticiários. O prefeito de Vila Velha, Hildon Chaves, disse também no domingo que não há qualquer leito de UTI disponível na cidade e uma fila de espera de 40 pessoas para os pouco mais de 300 leitos clínicos dedicados aos pacientes com o novo coronavírus no município.
De acordo com o último dado divulgado, referente a 24 de janeiro, Canoas tem 88,37% de ocupação por Covid-19 nas UTIs – 38 do total de 43. A ocupação dos leitos de enfermaria é de 71,43% – 50 de 70, no total.
Canoas pleiteia desde janeiro a habilitação de mais 15 leitos de UTI no HU para o tratamento de pacientes com Covid-19. A vinda dos rondonenses não está diretamente ligada à esta habilitação, mas o bom relacionamento com o Ministério da Saúde pode ajudar.