Metroplan confirmou nesta quarta reajuste de 6% nas tarifas metropolitanas para os ônibus comuns; diretos e seletivos sobem mais: 24,09%. Aumentos valem também para as demais cidades da região
A Metroplan e o Governo do Estado confirmaram nesta quarta-feira, 26, o reajuste de 6% nas tarifas de ônibus metropolitanos das linhas comuns – para os diretos, semidiretos e seletivos, o reajuste será ainda maior. Os novos valores passam a valer a partir da próxima terça, 1ª de agosto. Com o aumento, o preço da tarifa mais barata de Canoas para Porto Alegre passará de R$ 6,10 para R$ 6,47 e a mais cara, de R$ 10 para R$ 12,40, por conta do reajuste diferenciado – os arredondamentos ainda serão publicados oficialmente nesta sexta, 28, pela Metroplan.
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O anúncio do reajuste foi feito pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) por meio da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), responsável pelo gerenciamento dos serviços de transporte por ônibus na Região Metropolitana. Segundo o órgão, em 2022, o reajuste calculado em 20,74% foi subsidiado pelo governo do Estado com um aporte de cerca de R$ 42 milhões no sistema, além do repasse federal de outros R$ 38 milhões, num total de mais de R$ 80 milhões.
“O último reajuste foi em 2021, então estamos há 24 meses sem reposição da tarifa. Temos uma política tarifária instituída pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul, a Agergs, que é uma revisão tarifária que acontece a cada quatro anos. Essa revisão repõe todas as perdas desse período. Por isso que, no ano passado, originou um índice de 20,74%, e o que mais contribuiu foi o aumento do diesel”, lembrou o superintendente da Metroplan, Francisco Hörbe.
Neste ano, após os cálculos elaborados pela Metroplan, com base em metodologia da Agergs, o aumento seria de 24,09% – esse percentual é resultado do cálculo já incorporado à tarifa atual e não repassado ao usuário, mais 2,77% referentes ao reajuste devido em 2023.
As contas do Estado
Deste total de 24,09%, o Estado repassará ao usuário somente 6%. Para os outros 18,09%, a definição ficou para a partir de janeiro de 2024. Segundo a Metroplan, ainda estão sendo elaborados estudos para reduzir o impacto da na tarifa no bolso do usuário. Em outras palavras, outro subsídio deve vir por aí.
Prefeituras gaúchas discutem a criação de uma governança metropolitana a partir da Granpal e um dos primeiros pontos de inflexão será exatamente o transporte coletivo metropolitano – tecnologicamente atrasado, caro demais para o bolso do passageiro. País afora, se discute a obtenção de um subsídio permanente que seja pago pelo Governo Federal que, com isso, bancaria as gratuidades garantidas por lei federal – a dos idosos, por exemplo.
Direto fica ainda mais caro
A Metroplan anunciou, ainda, que para as tarifas de ônibus das modalidades direto, semidireto, executivo e seletivo o reajuste será aplicado na integralidade, ou seja, 24,09%. Durante o período da pandemia, esse modelo alternativo também chegou a ser subsidiado. Agora, a decisão prioriza a minimização de impacto para o modelo comum, com o objetivo de assegurar o acesso ao transporte público para a população de baixa renda.
Com informações da Ascom/Sedur.
