Partido vem conversando sobre como ser protagonista em 2024 numa eleição com cara de plebiscitária e pode ter papo com Bolsonaro já em julho
O PL de Canoas – ou pelo menos parte dele – já se mobiliza por uma candidatura própria para 2024. Heider Couto, presidente da sigla, juntou o povo daqui e levou ao gabinete do deputado federal Giovani Cherini, que comanda o partido em solo gaúcho. Quer o ‘ok’ para seguir as tratativas para por um nome na urna e ir além do ‘tapinha nas costas’; campanha se faz com dinheiro e fundão o PL tem – especialmente para uma cidade como Canoas em que se presume um eleitorado conservador bastante considerável.
O PL, aliás, tem uma pesquisa feita pelo Instituto Gaúcho de Pesquisas de Opinião, o Igape, apontando que 38% dos eleitores entrevistados votariam em um candidato com a bênção de Jair Bolsonaro. É um ‘caldo’ da eleição de 2022 em que o capitão fez 6 em cada 10 votos por aqui, mas não deve ser levado rigorosamente ao pé-da-letra. Em eleição municipal, a zeladoria da cidade importa mais do que com quem o candidato tira foto e sua ascendência local é determinante para a confiança do eleitorado.
O que não significa que o PL não deva por esse dado sobre a mesa na hora de construir a tática para 2024.
Heider aposta, até por isso, em um nome identificado com o bolsonarismo raiz para ser a cara do partido na urna – só na diz quem está disposto à empreitada. Não é que os líderes locais estejam correndo da raia; até há mais voluntariosos do que se gostaria. Mas numa eleição que tem tudo para ser plebiscitária com Jairo Jorge e Luiz Carlos Busato no mesmo palanque, a escolha não pode ser se dar por quem usou mais verde e amarelo no ano passado; é preciso um nome capaz de, enfim, unir o conservadorismo – ou o que sobrou dele – por aqui.
Se a discussão avançar, é possível que uma delegação do partido em Canoas consiga um lugar de destaque na mesa que receberá o capitão em 23 de julho no Estado. Bolsonaro confirmou nesta quinta, 15, que virá ao Rio Grande do Sul reforçar o plano de candidatura própria em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes – e se Canoas já está saindo na frente com o papo de 2024, pode se beneficiar disso.
Por fim, importa dizer porque notícia não se resume só ao que se apresenta por positivo aos retratados, que essa conversa toda de candidatura une apenas parte do PL. Rodrigo Mota, que atualmente preside o CanoasPrev, já comunicou sua desfiliação da sigla e o vereador Adriano Agitasamba atua mais em faixa própria do que Heider e seu grupo político gostaria. Adriano, aliás, é forte candidato a um ‘tchau, querida’ na janela de março do ano que vem.
A conferir.
