Durante a estação mais fria do ano os serviços de acolhimento à população em situação de vulnerabilidade, oferecidos pela Prefeitura de Gravataí, têm maior procura do que nos demais períodos do ano.
Um desses equipamentos – gerenciado pela Secretaria Municipal da Família, Cidadania e Assistência Social (SMFCAS) – é a Casa do Bem, que completou seu primeiro aniversário neste mês, dia 23 passado..
Para marcar a data foi realizado jantar especial e servido bolo como sobremesa, além de balões para decorar e bombons como recordação. O local foi instituído para abrigar moradores de rua e carentes que necessitam de um abrigo momentâneo.
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, de janeiro a agosto deste ano foram realizados 307 acolhimentos e estão sendo feitos 55 acompanhamentos de casos especiais.
—São recebidos adultos ou famílias em trânsito, sem intenção de permanência por longos períodos. A principal diferença do público a ser atendido na unidade é a transitoriedade, que não deve ultrapassar três meses — explica o secretário da SMFCAS, Tanrac Saldanha.
Os usuários logo na chegada passam pelo processo de acolhimento, higienização, recebem alimentação e têm pernoite confortável. O objetivo é construir um plano de atendimento que resgata autoestima.
— A partir do momento que o usuário passa a acreditar nele mesmo percebe que existem pessoas que também acreditam nele. Assim, voltará a se enxergar como parte de um todo, construindo valores e resgatando o que estava no passado e pilares importantes como família, trabalho e cuidados com a saúde passam a ser resgatados — diz Marja Menezes, coordenadora da Casa do Bem.
Resgate da cidadania
Segundo a coordenação da Casa do Bem, o local não oferece apenas uma cama para dormir e uma refeição. Há os que chegam sem documentos ou qualquer referência e que são acolhidos pelas assistentes sociais.
Esse trabalho pode ser resumido como um resgate da cidadania, que também passa pelo empoderamento e retomada da vida. Na Casa do Bem, pessoas nestas condições recebem novos documentos. Ou, pelo menos, os pedidos são encam inhados.
Multiprofissional
O atendimento é qualificado e os espaços acolhedores. Durante sua permanecia, o usuário da Casa do Bem é orientado a confeccionar documentos, buscar um emprego formal e reconstruir seus vínculos familiares.
Também estão incluídos no serviço oferecido um jantar e café da manhã. A equipe multiprofissional que realiza o atendimento é composta por educadores e assistentes sociais, cuidadores, serviços gerais, cozinheiras e um coordenador.
Confira o vídeo (clicando na imagem abaixo) com a reportagem do Seguinte: sobre a inauguração da Casa do Bem.
Significado
O nome Casa do Bem foi uma iniciativa do prefeito Marco Alba (MDB), por entender que a palavra "bem" envolve o significado de solidariedade, igualdade e respeito.
— A Casa do Bem é uma referência para a cidade porque a atenção da sociedade para o cuidado com o próximo, que é o nosso bem maior e o foco da minha gestão — destaca o prefeito Alba.
Estatística
A coordenadora do abrigo comenta que os frequentadores da Casa do Bem são, na maioria, homens. Por isso o espaço é capaz de abrigar 40 usuários, sendo 32 vagas masculinas e oito femininas.
A unidade oferece serviços para adultas desabrigadas por abandono, migração e ausência de residência, ou ainda pessoas em trânsito. O imóvel conta com uma estrutura composta por cinco quartos, cozinha, banheiros e quintal.
Da seleção
Para conseguir uma vaga na Casa do Bem é preciso ter mais de 18 anos, documento original com foto ou cópia original de um boletim de ocorrência. A entrada dos usuários é a partir das 19h15min e a saída é às 6h30min, após o café da manhã.
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ONDE FICA
A Casa do Bem está sediada na RS-118, no número 3.155, próximo à avenida Dorival Cândido de Oliveira.