Um dos prédios mais antigos de Gravataí, o Casarão dos Bina será oficialmente reaberto à comunidade em cerimônia no dia 7 de novembro, às 18h30. Construído em 1882, o edifício histórico passava por obras de restauro desde 2023, com recuperação de paredes e do telhado, substituição de assoalho e reforma da rede hidráulica.
Com investimento de R$ 1,8 milhão da Prefeitura de Gravataí, o restauro do Casarão dos Bina visa preservar o edifício histórico e transformar o espaço em um centro cultural ativo. A partir de 2025, o local será destinado a atividades culturais e oficinas de dança, música e teatro voltadas para crianças e jovens que estudam na rede municipal e vivem em contexto de vulnerabilidade social, por meio de parceria entre a Prefeitura e o Sesc.
“Este é um momento muito especial para a cultura de Gravataí, com o resgate do patrimônio histórico do nosso Município. As gerações mais antigas já conhecem o Casarão dos Bina, um edifício que está no coração dos gravataienses. E agora também os mais jovens terão contato com a nossa história, com exposições e oficinas de arte e cultura”, comemora o prefeito Luiz Zaffalon.
“O restauro do Casarão dos Bina desempenha um papel fundamental na preservação do patrimônio histórico da nossa cidade. Por meio desta iniciativa, é possível manter viva a história do local, além de promover a cultura e o turismo. O restauro arquitetônico também contribui para a valorização do patrimônio histórico, tornando o casarão um ponto de referência e orgulho para a comunidade local”, destaca Giulliano Pacheco, secretário adjunto de Governança, Comunicação e Cultura.
Conforme o historiador e servidor municipal Carlos Albani, o Casarão dos Bina foi erguido pelo construtor Antônio Dias Fialho, ainda no século XIX. O prédio foi vendido e tornou-se propriedade de Dario Barbosa no século XX até ser, finalmente, comprado por Carlos Bina, em 1937. Bina era descendente de italianos e mudou-se de Porto Alegre para Gravataí com a família em função da filha, Maria Maristany, que havia passado em concurso para lecionar no Município.
“A Maria Maristany é uma professora precursora e marcante na história da cidade. Ela foi uma das fundadoras da hoje denominada Escola Estadual Carlos Bina, que foi uma das primeiras da zona rural da cidade. Por isso, foi uma referência na educação de Gravataí”, explica Albani.
Além das oficinas culturais, o casarão também servirá como espaço de memória. Itens doados pela família de Carlos Bina, que pertenceram ao patriarca, ficarão expostos em uma parte do prédio para recontar a história do icônico proprietário.
“O casarão tem uma memória afetiva para muitas pessoas na cidade. Ele já foi a sede da Fundação de Meio Ambiente e também já foi local para encontros de música. Mas tem muitas pessoas que não o conhecem, passam por ali e nunca entraram no prédio. Então, essa é uma grande oportunidade para a nossa população se reaproximar da história de Gravataí, um dos cinco povoados mais antigos do Rio Grande do Sul”, celebra o historiador.
Localizado no distrito de Barro Vermelho, em Gravataí, o casarão fica às margens da RS-030, numa área que representa a transição entre as zonas urbana e rural da cidade.