Segue o ‘choque entre poderes’ após o episódio em que o presidente da Câmara de Gravataí Alison Silva (MDB) cobrou do governo Luiz Zaffalon (PSDB) o pagamento do ‘piso em cascata’ do magistério na sessão solene de entrega do Prêmio Professora Wilma Camargo, constrangendo a secretária da Educação Aurelise Braun e vereadores da base governista; leia em ‘Climão’ entre vereadores: presidente da Câmara cobra piso do magistério em sessão solene em homenagem a professores de Gravataí; O marco divisório.
Na solene da noite desta quarta-feira, para entrega do Troféu Destaques da Aldeia, o prefeito não compareceu e nem enviou representantes naquela que é uma das principais honrarias entregues pelo parlamento municipal.
– É bom evitar estes constrangimentos. O governo estava lá com sua base e seu líder de governo – confirmou o prefeito, ao Seguinte:.
– Foi no mínimo uma descortesia – criticou o presidente da Câmara,que teve suas indicações na Prefeitura demitidas após o episódio da sessão solene da semana passada; leia em Prefeito Zaffa demite cargos do presidente da Câmara: “Se fez com Marco Alba, por que não faria comigo?”, reage Alison Silva; A III Guerra Política, o ‘Rebelato da ONU’ e os ‘Estados Desunidos de Gravataí’.
Escrevi no artigo:
“(…)
Reputo as demissões representam uma das batalhas marcantes na III Guerra Política de Gravataí: Zaffa x Alba, pós Abílio x Oliveiras e Bordignon x Stasinski. Afinal, é o presidente de um poder, o legislativo, um dos políticos mais próximos de Marco Alba e filho do falecido ex-prefeito Acimar da Silva.
Inscrevo, nos anais da política da aldeia, o episódio tão simbólico quanto as demissões de CCs do vereador Alan Vieira (MDB), outro entre os mais próximos de Alba, e de secretários ‘do Marco’ como Paulão Martins, coronel Flávio Lopes e Paulo Garcia; leia em Ao demitir cargos de Alan, prefeito Zaffa decreta Queda do Império do MDB de Marco Alba em Gravataí; Quem ganha, quem perde? , Ao demitir Paulão, Zaffa afirma autoridade de prefeito, mas dá um tiro no coração do MDB de Gravataí; Mas, calma: sem Putins, a guerra resta adiada , Demissão do secretário Paulo Garcia é confirmação de que Zaffa é candidatíssimo contra Marco Alba em 2024; A III Guerra Política de Gravataí a um passo do inferno, ou do céu e Cai Coronel Flávio: Zaffa exonera mais um secretário de confiança de Marco Alba; A III Guerra Política de Gravataí e as melancias.
A III Guerra Política – que quando publiquei a expressão pela primeira vez ouvi, tanto de Marco, quanto de Zaffa, sobre estar exagerando – com a chegada do ano eleitoral aproxima-se, com perdão da comparação, da fase ‘Faixa de Gaza’.
Não há ponto de retorno.
(…)”
Sigo eu.
A relação entre Alison e Zaffa já se deteriora há meses, como revelei em Poderes em choque: crise envolve prefeito e presidente da Câmara; A III Guerra de Gravataí e o Ser Político.
Escrevi no artigo:
“(…)
O prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) e o presidente do legislativo, Alison Silva (MDB) restam em choque institucional.
‘Institucional’ porque ‘pessoalmente’ já se cumprimentavam – quando isso acontecia – de mão mole. Em reunião da base governista, no Gabinete do Prefeito, antes ainda do rompimento entre o prefeito e o ex-prefeito e seu ‘Grande Eleitor’, Marco Alba (MDB), chegaram a ter uma discussão em alto volume e batidas na mesa. Após a deflagração da III Guerra Política, com Alison exercendo o papel de um dos generais de divisão do ex-prefeito, a relação piorou.
(…)”
Ao fim, o MDB restar como ‘Situação B’, que é como descrevo vereadores que ainda tem cargos no governo, mas que apoiam Alba e não Zaffa à Prefeitura, lembra-me uma do Millôr:
“O pessoal aí falando muito sobre os filhos vítimas de casamentos desfeitos. E as vítimas dos casamentos duradouros?”
