Os prefeitos de Gravataí e Cachoeirinha não recorreram da manutenção do alto risco para o novo coronavírus. Acertam Marco Alba e Miki Breier, na metafísica que envolve o Distanciamento Controlado do Governo do RS.
As apelações, nada além de uma satisfação a insatisfeitos, serviam apenas para esmorecer as cores da bandeira, naquele que reputo o melhor entre os piores sistemas aplicados no Brasil, porque é fake, um finge que fecha, outro finge que fiscaliza.
É mais prudente observar a ‘ideologia dos números’: os dois municípios registram mais de 1.500 casos apenas nos primeiros 26 dias de julho. Conforme os últimos boletins epidemiológicos, desde o início da pandemia Gravataí tem confirmados até a tarde do domingo 1.302 casos e 49 vidas perdidas; Cachoeirinha 1.064 casos e 16 mortes.
O alerta de lockdown se mantém porque a taxa de pacientes covid se iguala pela primeira vez a não-covid na Região Porto Alegre.
O mapa de leitos do Estado mostra que na região, às 14h deste domingo, tem nas UTIs 50.8% dos pacientes não-infectados, e 49.2% infectados ou sob suspeita pelos sintomas de SRAG, a síndrome respiratória aguda grave. É um dado arrasador para qualquer argumento negacionista, covidiota: há menos de 60 dias eram 9.1% com a COVID.
Para piorar, mais de mil leitos novos foram criados no Rio Grande do Sul, mais de 100 deles pelas prefeituras de Gravataí e Cachoeirinha.
No mapa de leitos de Gravataí, 9 dos 10 leitos do Hospital de Campanha estão ocupados. Na UTI do Hospital Dom João Becker, também 9 dos 10. Como é rotina em julho, estação dos hospitais lotados, a emergência do hospital mantido pela Santa Casa tem 14 acomodações e 36 pacientes, neste momento. É gente em maca, poltrona, no chão ou escorado na parede.
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