crise do coronavírus

Com novo caso Gravataí tem média de um infectado por dia; o Uber para 2019

Equipe higieniza centro comercial em Gravataí

Em 18 dias de maio, já são 16 casos da COVID-19 notificados oficialmente na Gravataí que não testou mais de 0,1% de seus 281 mil habitantes. O mês já responde por mais de quatro a cada 10 infectados. O 37º, confirmado na noite desta segunda, é um homem de 37 anos.

O operador de máquina foi testado por conta do plano de contingência da empresa em que trabalha, onde todo o funcionário que teve contato com algum caso confirmado precisa realizar o exame.

Conforme nota da Secretaria Municipal da Saúde, o paciente está em casa e passa bem; e todos os casos confirmados da cidade estão sendo monitorados.

Dos 37 infectados, 13 (35,1%) estão em recuperação, 23 (62,2%) estão recuperados e ocorreu um óbito (3%). 44,19% são mulheres e 43,67% homens. A média de idade é de 43,97.

Se a média dos primeiros 18 dias se manter a mesma, o mês deve terminar com cerca de 70 casos, o que representaria multiplicar por mais de três vezes os casos registrados entre março e abril.

Para comparar. Como tratei ainda hoje em Contágio em Cachoeirinha é próximo ao epicentro Porto Alegre, o município vizinho, de alta densidade demográfica (130 mil habitantes distribuídos em apenas 42 quilômetros quadrados), tem uma incidência de contágio próxima à capital. Cruzando a 59, a projeção com a explosão de caso nos primeiros 18 dias do mês é de que os casos quadripliquem até o fim de maio em relação a todas as infecções confirmadas entre março e abril.  

Se Gravataí é 21ª, com 150 mil habitantes a mais, Cachoeirinha é 19ª no ranking da contaminação, com 41 casos, nenhuma morte e 21 recuperados. A taxa de infectados é de 32.5 a cada 100 mil habitantes. Porto Alegre tem 40.8/100 mil, com 602 casos e 21 óbitos.

Gravataí, com 281 mil habitantes, 36 casos e uma morte, tem 12.8; Viamão, com 255 mil habitantes, 33 casos e uma morte, 13.1. Alvorada, com 190 mil habitantes, e também vizinha à Capital tem 23 casos, duas mortes e 11.1. Canoas, que com 350 mil habitantes tem 48 casos, três mortes e uma incidência de 14.1 a cada 100 mil habitantes.  

A inexistência de fronteiras na região metropolitana traz um elemento para as próximas análises: o ‘efeito bandeira laranja’. É que nas notificações da primeira metade do mês ainda não aparece o efeito da reabertura das atividades comerciais, industriais, de serviço e administração pública. O período de incubação do vírus é de 14 dias e a retomada aconteceu dia 4. Gravataí, Cachoeirinha e toda a Região Porto Alegre, estão na bandeira laranja, ou ‘risco médio’ no distanciamento controlado do Governo do RS.

Ao fim, apesar das 100 mil pessoas a mais nas ruas, higiene, máscara e distanciamento interpessoal. É a nova realidade. Não há como pegar um Uber na Dorival de Oliveira e pedir para ser levado para a rua 7 de Setembro de 2019.

 

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