Um grande barracão com muito bom acabamento, excelente pintura e decoração perfeita. Dentro dele, mais de 100 mil itens – entre nacionais e importados – dos mais variados tipos de produtos a venda nos mais diversos formatos: à vista, no crediário, no cartão… São artigos que vão da casa – mesa, cama e banho – ao vestuário, de lazer, automotivos, eletrônicos, ferramentaria e, um diferencial: tudo de material escolar para a volta às aulas.
Estamos nos referindo, sim, às lojas Havan.
E isso não é uma peça comercial, que fique bem claro.
Como está por iniciar, segundo o próprio diretor Nilton Hang disse ao colunista, quem sabe até esta sexta-feira, a movimentação de terras na área onde vai ser construída a filial da rede de Luciano Hang junto do Parque de Eventos Ireno Michels, o Seguinte: foi até Viamão para conhecer, e mostrar aos leitores, como é a Havan que foi inaugurada em 30 de novembro passado e que deve ser igual à unidade que em cerca de 100 dias deve abrir as portas aqui na aldeia dos anjos.
O termo barracão usado no começo não tem sentido pejorativo. É pela dimensão da construção, algo em torno de 9 mil metros quadrados de área de vendas (equivalente a mais de dois campos de futebol) com uma altura interna (do pavimento ao teto, o chamado ‘pé-direito’, com mais de seis metros), além de depósito, em um terreno com aproximadamente 20 mil metros quadrados e que contempla, ainda, um estacionamento com cerca de 450 vagas.
A fachada, como a maioria das lojas de Luciano Hang espalhadas pelo país, é uma réplica da Casa Branca que quase todos estão acostumados a ver nos filmes e séries americanas por ser a sede do governo dos Estados Unidos. Na frente uma imponente Estátua da Liberdade com sua tonalidade esverdeada de outro símbolo “importado” da terra do Tio Sam, que fica em Nova Iorque.
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Fotos e selfies
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Tanto a loja Havan em seu interior, quanto a fachada no formato da Casa Branca mas principalmente a Estátua da Liberdade são incessantemente fotografados pelas pessoas que passam pelo local.
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Nesta época de veraneio, em que a RS-040 é muito utilizada por quem viaja para o Litoral, é grande o número de pessoas que estaciona apenas para fotografar a Havan e seus símbolos e para fazer selfies que vão parar em redes sociais na internet.
Sexto lugar
O gerente da filial, Fabio Garcia, há sete anos funcionário da rede (iniciou em Itapema, no litoral de Santa Catarina, e passou por lojas nas cidades de Blumenau, Biguaçu e Florianópolis antes de chegar à cidade de Viamão) diz que tem sido ótimo e até motivo de agradável surpresa a receptividade da população da Região Metropolitana à loja Havan de Viamão.
Os atuais 178 funcionários do local, de acordo com Fábio, atendem pessoas de todas as cidades da região e até de outras partes do estado que, estando em Viamão ou de passagem, vão à filial para conhecer e sempre acabam comprando alguma coisa. Em dezembro, segundo o gerente, a filial que comanda ficou em sexto lugar geral em faturamento na rede capitaneada pelo empresário Luciano Hang em todo país, que tem 144 lojas.
Número
No total, de acordo com o gerente Fábio Garcia, somente no mês passado – dezembro – foram 65 mil pessoas que passaram na filial que fica na avenida Salgado Filho como também é chamada a RS-040.
Um diferencial
Um dos setores que o gerente Fábio Garcia, da loja de Viamão, diz que ‘faz a diferença’ da Havan em relação às demais redes de lojas de departamentos é o de confecções, pela variedade e por atender a todas as faixas etárias de crianças, jovens e adultos de ambos os sexos.
— É uma área de alto giro (volume de vendas) por atender a todos os gostos porque a gente trabalha focado em moda para atender a todos os clientes.
O que é vendido na área do vestuário é oriundo de confecções próprias da Havan, produzido em fábricas de Santa Catarina, além de fornecedores espalhados principalmente pela Região Sul, incluindo aí Rio Grande do Sul e Paraná.
O que a Havan não tem – além de gêneros alimentícios – é o vestuário típico do gaúcho, bombachas e vestidos de prenda, especialmente, embora o proprietário Luciano Hang faça questão de aparecer pilchado em algumas de suas andanças pelo estado. E calçados. A Havan não vende calçados. Uma decisão pessoal do proprietário que, no começo, até comercializou sapatos.
: Gerente da filial de Viamão, Fábio Garcia.
PARA SABER
A Havan de Viamão fica com as portas abertas das 9h às 22h, de segunda a segunda.
O funcionário
Lucas Cardoso Costa, de Viamão, há pouco mais de 45 dias como atendente na loja, é ufanista ao falar sobre o que considera o seu “emprego dos sonhos”. Ele não chegou a ir para a filial de Caxias do Sul junto com o primeiro grupo de contratados para treinamento, e diz que foi orientado pelos colegas que estiveram na Serra sobre como trabalhar numa Havan.
Perguntado se ser funcionário da rede é uma boa opção, ele não economiza:
— Sinceramente? Supriu muito as minhas expectativas! — disse.
Ele é categórico ao rebater afirmações de que o regime imposto por Luciano Hang é de “escravidão”, sem horário para o trabalho que incluiu sábados, domingos e feriados. Lucas garante por exemplo que as horas-extras que ele e colegas eventualmente fazem atendendo à clientela, são ressarcidas na forma de dinheiro ou compensadas com folgas, e que trabalhar nos finais de semana é uma decisão que cada pessoa tem que tomar.
— Quando a gente é contratado já fica sabendo de tudo isso. É tudo muito transparente. Não há do que reclamar porque também há liberdade que a gerência nos dá para decidir se queremos a jornada além do nosso horário em dinheiro ou em compensação — afirma.
Lucas vai mais longe, ao comentar sua rápida ascensão nos quadros da filial de Viamão.
— Eu comecei na loja há 45 dias e quando fiz a entrevista e fui contratado, comecei no setor do caixa. Em seguida fui para o bazar e depois de um processo seletivo interno estou há duas semanas no setor de eletro — conta.
Gerente Fábio confirma que não houve contratempos com o Sindicado dos Comerciários de Viamão e que bem antes de a filial ser inaugurada já havia sido firmado acordo que previa o ressarcimento em dinheiro ou compensação de horários pelas jornadas cumpridas aos finais de semana e feriados.
— Foi tudo muito tranquilo, está tudo ajustado e funcionando muito bem — assegurou.
Veja no vídeo o que o Seguinte: encontrou na Havan de Viamão. Clique na imagem abaixo e, depois, siga na matéria.
A obra
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A construção de uma Havan – como a que vai ser erguida em Gravataí – segue um projeto que é comum para todas as unidades. A primeira etapa contempla a preparação do terreno que deve ser grande o suficiente para comportar o prédio e oferecer um amplo estacionamento.
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Concluído o estaqueamento (fundações de concreto solo adentro para sustentação do prédio) e os alicerces, são erguidas as colunas e feita a base que vai receber, mais adiante, o piso, geralmente revestimento cerâmico.
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As colunas laterais e internas, assim como as vigas, são todas pré-moldadas e chegam prontas ao local da obra. Os funcionários devem apenas fazer a colocação nos lugares certos e de acordo com o que está no projeto executivo da obra.
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Depois das colunas é a vez das paredes, grandes placas de concreto que vão sendo juntadas umas às outras, e da colocação das vigas aéreas. Estas vigas são metálicas – quase a totalidade – e vão unir as colunas além de dar sustentação à cobertura do prédio. Enquanto isso, o piso do pátio externo já está sendo revestido com concreto e lajotas em áreas específicas.
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Estrutura (piso, paredes e cobertura) pronta é feita a instalação da rede de energia e a iluminação, do sistema de refrigeração da loja, e encaminhado o acabamento com fixação do revestimento do piso, de áreas das paredes, pintura, e instalação dos equipamentos, especialmente os de informática que atende aos caixas, crediário e operações com cartões bancários.
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Por fim, a colocação de divisórias (que são poucas), da vidraçaria (que também não é muita) e instalação dos armários e expositores nos quais vão ficar os produtos da loja. Tudo isso disposto, organizado, devidamente identificado com códigos de barra para leitura ótica, distribuam-se os convites para a inauguração da loja.