— Vou construir um muro. Um muro imenso e seguro. Tenham certeza, ninguém constrói muro com a mesma eficiência que eu.
Esta era uma das principais promessas de campanha de Donald Trump, o excêntrico presidente dos Estados Unidos para anunciar que não queria mais saber de mexicanos no seu território. Nesta segunda-feira (2), a Seleção Brasileira terá pela frente um ataque do México. Não, nós do Seguinte: não defendemos um muro para separar povos, mas não seria má ideia o técnico Tite bolar um muro para impedir que Chicharito e sua turma entrem na nossa defesa.
Se o negócio é fazer um muro, o melhor é ouvir um especialista. Alan da Silva, 24 anos, é pedreiro. Desde os oito anos ele convive em obras. Atualmente, está construindo um pavilhão no bairro Parque Florido, e dá os seus pitacos no assunto que entende.
— De futebol, eu não entendo muito, mas de obra, eu me garanto — brinca, ao melhor estilo Donald Trump.
Casos como o da fronteira dos Estados Unidos com o México não são exatamente novidade para o Alan. Ele já perdeu as contas das vezes em que foi chamado para construir muros entre vizinhos que já não se suportavam. Na América do Norte, Trump disse que passaria a conta ao México, que, é claro, não pagará pelo seu muro. O nosso pedreiro não teria este problema.
— Já deixo claro, antes de começar, o acerto para o pagamento. Se não é aquele negócio de um pagar, o outro não, e eu ficar no meio da briga. Eles que se entendam.
O muro que nós precisaremos na segunda precisa ser intransponível. Bem aos moldes de uma fronteira. Segundo o nosso especialista, um muro começa por uma boa base, com estaca e viga bem forte, além de muito concreto.
— Se não tiver base não tem estrutura. E se não tiver estrutura, cai — simplifica, e parece mesmo um especialista em futebol.
: Nosso muro defensivo funcionou bem até agora | LUCAS FIGUEIREDO CBF
Defesa é o nosso ponto forte
Bom, o muro defensivo da Seleção Brasileira, durante a primeira fase da Copa do Mundo, foi exatamente o que melhor funcionou na equipe de Tite. Foi apenas um gol sofrido nos três primeiros jogos, e com suspeita de falta no zagueiro Miranda.
— Nós viemos muito bem preparados e estamos treinando muito para conseguir este resultado na defesa — disse o zagueiro Miranda depois da vitória contra a Sérvia.
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Se depender dos confrontos históricos, é ruim dos mexicanos ultrapassarem o muro brasileiro. Será o quinto confronto entre Brasil e México em copas. Até agora, foram quatro vitórias brasileiras e um empate. Em termos futebolísticos, o México também nos traz a lembrança do tricampeonato, conquistado em 1970. Por outro lado, na segunda Copa do Mundo realizada naquele país, fomos eliminados pela França de Platini.
Brasil e México entram em campo às 11h (horário de Brasília) de segunda-feira, em Samara, na Rússia.