opinião

Darci sai do partido; o ruído do silêncio

Darci Lima da Rosa, prefeito de Glorinha

Darci Lima da Rosa se desfilou do PRB, partido que carrega no sobrenome 'Igreja Universal do Reino de Deus'. O prefeito de Glorinha confirmou em áudio pelo Whatsapp, mas não quis dar entrevista.

O caminho de Darci deve ser o PTB, partido no qual governou o município entre 1997 e 2004.

O prefeito concorre a reeleição em 2020. A única dúvida é 'com gás ou sem gás', repetindo ou não a chapa com Jean Medinger (PSD), com quem experimenta desde sempre uma relação de mais baixos que altos.

Até o Jornal da Véia sabe que tão sincero quanto o medo é a reza diária do ex-empresário para que a Fibraplac não deixe Glorinha na fumaça.

Aos menos familiarizados com a economia do 'paraíso entre a Capital, a Serra e o Mar, seria uma tragédia maior do que Gravataí perder a GM.

A cidade de 9 mil habitantes, tão pacata que – dizem – nem têm lugares que não devam ser frequentados, correria o risco de virar um favelão rural.

O Seguinte: segue esperando uma entrevista. Não pode só falar na boa, Darci! Aplauso não é pátria; palavra de súdito, tanto quanto a de rei, é a que mais volta atrás e o momento não é dos melhores para o prefeito, mostram os fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos.

As contas da Prefeitura não vão bem, o aumento de salário para prefeito, vice e secretários não pegou bem, restam ainda lufadas de cheiro estranho do 'Xô, Lixão' e Darci não conseguiu cumprir sua principal promessa, é, em sua autoanálise, obsessão: atrair investimentos que ofereçam empregos.

– Ou ele se mexe, ou já era – diz fonte que sabe até o que o prefeito tem na gaveta do gabinete.

– É só conversa. É um reizinho isolado, cercado de puxa-sacos e estrangeiros – diz fonte da oposição.

Se fosse hoje, a eleição seria uma rave. E Darci poderia dançar.

Com o silêncio, ou a palavra, o prefeito!

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