RAFAEL MARTINELLI

Demissão do secretário Paulo Garcia é confirmação de que Zaffa é candidatíssimo contra Marco Alba em 2024; A III Guerra Política de Gravataí a um passo do inferno, ou do céu

Zaffa e Paulo Garcia, em foto de arquivo

O prefeito Luiz Zaffalon (sem partido) confirmou ao Seguinte: a demissão do secretário de Serviços Urbanos, Paulo Garcia (MDB), anunciada antes do Diário Oficial na manhã desta quarta-feira pelo comunicador Chico Pereira, que antecipa tudo do governo.

É mais um episódio histórico da III Guerra Política de Gravataí: Zaffa x Marco Alba, pós Abílio x Oliveiras e Bordignon e Stasinski.

– O Paulinho é um menino talentoso, que fez um belo trabalho, mas tinha certa dificuldade em trabalhar em equipe. É um novo momento. Era hora de dar um tempo – explicou o prefeito, sem confirmar o substituto definitivo.

A SMSU fica, por enquanto, sob o comando do adjunto, Alex Tavares, suplente de vereador do MDB e líder do governo Marco Alba por cinco anos na Câmara.

Por quê – mesmo com o MDB seguindo no comando daquela que é a secretaria com um dos maiores orçamentos e responsável pela zeladoria da cidade (que demanda críticas e elogios desde o mais pobre ao mais rico que moram na mesma cidade) – reputo um momento histórico na III Guerra, deflagrada em  Declarada III Guerra Política de Gravataí: Zaffa vai sair do MDB para enfrentar Marco Alba; Bem-vindo à política, prefeito!?

Acontece que, se a exoneração de Paulo Martins da Secretaria de Obras – que tinha o maior orçamento nos financiamentos que garantem R$ 200 milhões em investimentos até dezembro de 2024, o maior da história de Gravataí, e tem no currículo o novo Parque de Eventos – foi uma confirmação de autoridade de Zaffa, após nota do MDB que o tratou como “ilustre desconhecido” que ganhou a eleição com a popularidade do ‘Grande Eleitor’, Marco Alba, padrinho de Paulão – leia em Bomba em Gravataí! Nota do MDB é um aceite da guerra entre Zaffa e Marco Alba e Ao demitir Paulão, Zaffa afirma autoridade de prefeito, mas dá um tiro no coração do MDB de Gravataí; Mas, calma: sem Putins, a guerra resta adiada –, a demissão de ‘Paulinho Taquari’, também ligado a Marco, inegavelmente confirma a montagem de um novo governo de Zaffa; agora, definitivamente, candidatíssimo à reeleição.

Explico.

Garcia não sai por falta de aprovação.

Na mesma pesquisa de opinião encomendada pela Prefeitura que avalia o governo Zaffa com a aprovação de quase 9 a cada 10 gravataienses – e reportei em Pesquisa: 9 a cada 10 gravataienses aprovam governo Zaffa em Gravataí –, Garcia tinha sua secretaria entre os serviços mais bem-avaliados na Prefeitura.

No item “serviços que se destacam para a opinião pública”, aparecem, pela ordem: coleta de lixo domiciliar (nota 9), iluminação pública (7,5) e conservação de praças e parques (7,5). A média geral dos serviços foi de 6,9.

Traduzindo do politiquês, Garcia sai porque era da turma do Marco.

Se levantou suspeita para muitos – eu, inclusive – que (com todo respeito, mas falando para o leitor) criatura e criador pudessem reatar, a partir do que identifiquei como um pacto de governabilidade entre Zaffa e o MDB de Marco – leia em III Guerra Política: Líder do governo, Dila se atirou na frente da bala por Zaffa; O Borodinó, o Napoleão de Hospício e o incêndio de Gravataí –, a demissão de Garcia antecipa que em 2024, com certeza, teremos como candidatos à Prefeitura Zaffa x Marco; e ‘outros’, por óbvio, mas Dimas, Bordignon, De Leon e Veiga Lima não são a pauta deste artigo.

Zaffa x Marco, sim, se enfrentam em 2024; pode apostar na KTO, mas a ode será baixa, porque a banca nunca perde.

O tempo que o MDB ficará no governo é incerto, porque é cômodo tanto para Zaffa, quanto para Marco, não destruírem tudo que construíram juntos e garantirem a governabilidade; explico em artigos como Acabou o ‘love’ político entre os vereadores Dila e Cláudio Ávila; A sessão das acusações, o #LiraNão! e a III Guerra Política de Gravataí.

Mas, fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos, a saída do partido tem data limite: entre 20 de julho a 5 de agosto de 2024, conforme a Lei Eleitoral o período das convenções que definem candidaturas.

Possivelmente será, no máximo, em março, quando a janela abre para vereadores trocarem de sigla sem perder o mandato por infidelidade partidária e políticos definem com quem estarão na eleição.

Ao fim, como tentei ler, e entendo acertei, em artigos como Zaffa não vai cortar a cabeça de Dila, seu líder do governo na Câmara; É Alice no País das Maravilhas, não Através do Espelho, na III Guerra Política de Gravataí: “há muito tempo para o chá”, chá de Alice – leia os dois de Lewis Carroll: ‘Alice no País das Maravilhas’ e ‘Alice Através do Espelho’; são livros curtinhos que, ao traduzir os humores humanos, resumem clássicos de mil páginas – tanto quanto, e sabiam as misses!, ‘O Pequeno Príncipe’, de Saint-Exupéry.

Zaffa demonstra que tem seu tempo para o chá.

Inegável é que está montando seu governo e – ainda não tenho informações oficiais – sua base na Câmara; que não vai, nem deve, e isso é básico na política, revelar antes de garantir a maioria de 11 entre os 21 vereadores.

Ao fim, aguardemos.

Só sei que, apesar de tanto Zaffa, quanto Marco, acharem que exagerei ao batizar o rompimento de “III Guerra”, III Guerra é: a um passo do inferno para uns, a um passo do paraíso para outros de olho na Prefeitura em 2024.


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