política

Deputada de Gravataí Patrícia Alba alerta Leite sobre colapso nos hospitais da região metropolitana; Sem bairrismo burro, mas o doce sabor da oposição

Patrícia Alba, deputada de Gravataí, presidiu comissão externa externa criada pela Assembleia Legislativa para medir impactos do programa Assistir na saúde do RS

Em relatório entregue ao governador em exercício Gabriel Souza (MDB), a deputada estadual de Gravataí Patrícia Alba (MDB) recomendou a revogação do Programa Assistir para hospitais que perderão incentivos.

Confirma o que antecipei em novembro passado em Acerta Patrícia Alba ao não se acomodar em bairrismo burro na saúde; Comissão da AL vai debater programa hospitalar de Leite que traz perdas à região metropolitana.

Comportou-se Patrícia como deputada da região, e não apenas de Gravataí, onde a Santa Casa, que administra o Hospital Dom João Becker, ganha com o Assistir, e, na semana passada recebeu dinheiro para a nova Emergência SUS, como o Seguinte: reportou em Leite libera 4,2 milhões para nova Emergência do Becker de Gravataí.

– Hoje, a região metropolitana é referência para diversos municípios do Interior em procedimentos de média e alta Complexidade. Tem hospital que vai perder mais de 80% com esses critérios e soube das mudanças somente pelo decreto do governo. Estamos falando de serviços que lidam diariamente com vidas e não vão suportar suas estruturas por falta de recursos – explica a parlamentar.

O ‘antibairrismo-do-bem’ foi reforçado pelo prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon (MDB), que estava ao lado dela na reunião com o governador em exercício do partido, onde apresentou alternativa para a seca no Gravataí, como o Seguinte: reportou em Verão do racionamento e falta de água: Prefeituras pressionam Estado por minibarragens para solucionar Rio ’seco’ Gravataí.

– Para Gravataí, o Programa Assistir traz benefícios, mas, entendemos que, no contexto em que estamos inseridos, em que Porto Alegre é referência para diversos serviços em saúde, a medida pode significar um risco de fechamento de emergências e serviços na região – disse Zaffa, que em nota esclarece que “para o município a iniciativa do Governo do Estado viabilizaria mais recursos para o Hospital Dom João Becker (HDJB)/Santa Casa, porém, no geral, o programa representa R$ 205 milhões a menos para a saúde dos municípios em 2022”.

O documento entregue por Patrícia tem a participação de prefeitos, secretários municipais de saúde e gestores hospitalares.

– Podemos estar frente ao colapso do sistema hospitalar da Grande Porto Alegre – alertou a ex-primeira-dama de Gravataí.

O parecer recomenda que o Palácio Piratini revogue as diretrizes do Assistir aos 56 hospitais que perderão incentivos, mas sugere a manutenção do programa às instituições que passaram a ganhar.

O custo para além de seria de R$ 314 milhões por ano.

Ao fim, o relatório de Patrícia – mesmo que eu concorde 100% ao prever a quebra dos hospitais que atendem SUS na região – comprova o que chamo de ‘doce sabor de ser oposição’.

Ela e o marido Marco Alba são hoje, no Rio Grande do Sul, mesmo que o MDB seja o partido que, depois do PSDB do governador, mais tenha cargos, os principais opositores do governo estadual.

Da perda do Mercado Livre por Gravataí, ao aumento de impostos aprovado pelo próprio partido, criticam Leite mais que o PT!

Mas, inegável é que resta cômodo para Patrícia propor que, entre os hospitais da região metropolitana, quem ganha, siga ganhando; e quem perderia, não perca mais.

É uma reivindicação frente à qual o governador argumenta que usou da matemática possível num estado que despenca do mapa nas finanças, e, como justifica, aplicou a ‘meritocracia’, beneficiando quem atende mais com menor custo.

Aí, a Santa Casa, hoje grife também de Gravataí, é o case de sucesso. O Conceição, ou os hospitais de Canoas, onde mais doentes batem às portas, não.

Reputo é uma polêmica semelhante a muitas contas feitas pela oposição em Gravataí, e refutadas pelo grupo de Patrícia, Marco e Zaffa, e também por mim, nas tantas vezes que evoquei a ‘ideologia dos números’ para apanhar no Grande Tribunal das Redes Sociais defendendo medidas impopulares que hoje confirmam Gravataí como uma ilha de prosperidade na região metropolitana e – contestem-me! – no Brasil.

Mas é o tal ‘doce sabor de ser oposição’.

É da política. E por isso paixões só fazem mal ao eleitor, ao escolher heróis ou vilões.

Para 10 em cada 10 pessoas comuns, Patrícia fez o certo. Aposto, porém, fosse Marco governador, ela teria indicado de onde sair o dinheiro para pagar quem perde com o Assistir, programa de Leite. Essa é uma cobrança que faço a essa mulher que, para na minha avaliação com 25 anos de cobertura política, é uma representante essencial para Gravataí na Assembleia.

Mas o ‘doce sabor’ que experimenta não é diferente do administrado por Dimas, Ávila, Bombeiro, Anna e De Leon, os oposicionistas de Gravataí.

É esse o papel da oposição. Cobrar o certo, mesmo que por vezes seja infactível.

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