Luciane Ferreira, secretária de Projeto Especiais e Habitação, falou, mas pouco disse nesta quinta, na Câmara, sobre as suspeitas de ‘fura-fila’ no Breno Garcia publicadas pelo jornalista Eduardo Torres em uma série de reportagens no Correio de Gravataí.
Por duas horas, ela fez uma apresentação do loteamento, que é o maior Minha Casa, Minha Vida do Sul do Brasil, projetado para receber 10 mil pessoas, uma ‘cidade dentro de Gravataí’, e lamentou a falta de apoio do governo estadual, que não fez as obras de infraestrutura e acesso previstas e empurra para o município uma conta do transporte escolar de 390 alunos.
Aos questionamentos sobre irregularidades, respondeu que só fala após o fim de sindicância aberta pela Prefeitura há 40 dias:
– É um projeto gigantesco. Se houve alguma irregularidade, não foi por dolo, ou para privilegiar alguém, e será sanada.
– Se as respostas da investigação não forem suficientes, vou propor uma CPI na Câmara – antecipou Alex Peixe (PDT), o vereador que convocou a secretária.
Ao fim, o governo deu aula de redução de danos políticos. O depoimento da secretária foi adiado em um mês, quando as manchetes do ‘caso Breno’ já restam apagadas nas memórias. E, em sua fala, numa sessão sem polêmicas, o que a articulada Luciane fez foi uma boa propaganda do feito do governo Marco Alba.
Deu certo a estratégia ‘fura-denúncia’.
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