RAFAEL MARTINELLI

Dimas responde nota do PT de Gravataí que critica aumento do ICMS por Leite; O ‘eu sei o que vocês fizeram no verão presente’

Dimas deixou Secretaria de Esportes do Estado para concorrer à Prefeitura

O gravataiense Dimas Costa (PSD), secretário adjunto dos Esportes do Estado, pediu para responder nota do PT, publicada no artigo que o citei nesta segunda-feira, em PT de Gravataí é contra aumento do ICMS por Leite; A ‘desequalizção’ da chapa entre Bordignon e Dimas.

– Os quatro governos estaduais administrados por petistas aumentaram o ICMS. São neoliberais, anti-povo, como diz a nota? Entendo que não. Governam com responsabilidade com o presente e o futuro de seus estados. Não é momento para oportunismo político ou populismo – disse, enviando uma série de prints com o Diário Oficial de Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, com aumentos de ICMS aprovados pelas assembleias legislativas.

– Na Bahia, o ex-governador Rui Costa (PT), hoje chefe da Casa Civil do presidente Lula, já havia elevado a alíquota modal de 18% para 19%, percentual em vigor desde março deste ano. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) agora aprovou novo aumento para 20,5% –comparou, lembrando que entre os quatro governos do PT está o que mais aumentou a alíquota (Piauí) e o que primeiro aumentou (Ceará).

– Em 2022 a governadora Fátima Bezerra aprovou aumento de 18% para 20%, temporário, até dezembro deste ano. Está assinado lá no projeto. Agora quer aumentar para 20% novamente – apontou, instigando:

– “Quando um empresário quer investir no estado, ele olha as condições e compromissos do estado, e um deles é a arrecadação. Então o estudo sobre o aumento demonstra claramente que o impacto é menor do que aquilo que vai acontecer de benefícios com a arrecadação. Inclusive a arrecadação de ICMS favorece a distribuição aos municípios”. É um neoliberal anti-povo dizendo isso? Pois essa é declaração do governador petista da Bahia, que converge com o que sustentamos no governo Leite – disse, avaliando que o debate não pode ser contaminado pela busca de vilões, como a redução dos combustíveis às vésperas da eleição pelo governo Bolsonaro, sem compensação adequada aos estados, na qual o Rio Grande do Sul perdeu R$ 3 bilhões, ou a reforma tributária construída pelo governo Lula, cujo rateio do IBS pode ocasionar perdas para o estado a partir de 2029 caso a arrecadação não aumente.

O secretário de Leite também argumenta que a “equalização de alíquotas” serve para manter investimentos e serviços.

– O governo Sartori deixou uma dívida de R$ 20 milhões com a saúde de Gravataí. Quantas vidas foram perdidas? É isso que querem novamente? – compara, agora com governo do MDB de Marco e Patrícia Alba, ex-prefeito e deputada estadual contrários ao aumento proposto por Leite.

Dimas também avalia como “desinformada” a nota do PT de Gravataí.

– O aumento na alíquota modal não incide nos combustíveis. E a cesta básica tem subsídios do governo para zerar o imposto. Como conheço a índole das pessoas que compõe a direção do PT, não vou achar que foi uma fake news proposital, e sim desinformação – disse.

Sobre a análise que fiz de que a nota implodia a aproximação entre ele e o ex-prefeito Daniel Bordignon (PT), Dimas resumiu:

– Me colocas aqui e ali, e respeito tuas análises, mas sou candidato a prefeito em 2024, para defender o governo Eduardo Leite, aquele que mais investiu na história de Gravataí. Posso ter uma perda política neste momento, mas não serei responsável por quebrar o estado de nossos filhos e netos – disse, concluindo:

– Assim como a Bahia tem montadora, em Gravataí temos a GM que responde por metade da arrecadação com o ICMS. São R$ 200 milhões. E se a montadora vai embora, como ficam os gravataienses? No Orçamento municipal a equalização das alíquotas representa R$ 20 milhões por ano, o que equivale ao déficit da educação – compara, sobre o retorno de impostos que, para usar um símbolo da aldeia, pode ser também comparado à construção anual de quatro pontes do Parque dos Anjos.

Ao fim, a resposta de Dimas ao estilo ‘eu sei o que vocês fizeram no verão presente’, só reforça a conclusão do artigo desta manhã: “se não terminou, pelo menos ‘desequalizou’ o estreitamento de inimizades eleitorais entre Bordignon e Dimas. Incrível, mas a cada eleição se torna mais máxima aquela constatação do Frei Betto, na época da ditadura: ‘a esquerda só se une na cadeia’”.

Inegável é que, quanto mais Dimas cresce internamente no governo com uma defesa robusta de Leite, em uma pauta onde governistas restam atrás do muro, mais se distancia eleitoralmente do PT e de Bordignon.


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