Edison Cordeiro (Republicanos), presidente da Câmara de Cachoeirinha, me ‘homenageou’ na sessão desta segunda-feira.
Assista, a partir do minuto 37 do vídeo. Abaixo, sigo.
O vereador não citou meu nome. Se por estratégia ou falta de coragem, não sei. Mas vereadores que me enviaram o vídeo entenderam bem a diatribe. Afinal, fui eu a criticar medida ditatorial do presidente, há uma semana, em Presidente da Câmara quer proibir líderes partidários de falar sobre prefeito em Cachoeirinha; O Rei Sol e a censura.
Intriga-me o edil ter me identificado como “dono de pizzaria”. Talvez meu sobrenome combine com pizzaiolo. Ou é alguma piada que não alcancei. Como aquelas que fazem sobre CPIs e impeachments engavetados ou vendidos por parlamentares Brasil afora.
Mas reputo o principal da baixaria é que a fala de Edison Cordeiro confirma minha crítica. Ou não foi uma fala autoritária?
Salvo melhor juízo, revela também a forma com a qual o presidente supostamente encara as relações políticas: a partir do dinheiro.
– Enquanto eu for presidente o senhor não vai ganhar R$ 1 real desta Câmara – disse.
Fato é que nunca pedi patrocínio para a Câmara.
Se Edison está “dando” dinheiro para jornalistas, ou se políticos abusam de garotos de programa da notícia, que vendem ‘matérias’ a pix, não é do meu interesse – do Ministério Público, talvez, assim como o são as rachadinhas.
O que recebo é resultado do meu trabalho. Em 27 anos de jornalismo, nunca pedi para me “darem” dinheiro, mas entendo até com compaixão aqueles que necessitam para sobreviver.
Enojam-me, sim, vendilhões do templo que extorquem gente humilde oferecendo terrenos na Lua, pastor.
E não, não lhe “tirei para inimigo”. Nem os tenho, que saiba. Fiz críticas a uma medida que entendo inconstitucional, a qual o senhor não explicou em seu pronunciamento. Nas democracias este é o papel do jornalismo.
Agora, Dos Grandes Lances dos Piores Momento mesmo foi o senhor, que se apresenta como cristão, e segundos antes cometeu um “Deus abençoe o senhor”, dizer:
– Se depender de mim o senhor vai passar fome.
Devolvo-lhe o Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”.