Ao contrário da semana passada, os prefeitos Marco Alba e Miki Breier não vão jogar junto para a torcida: Gravataí não vai recorrer da bandeira vermelha, Cachoeirinha sim.
Como já tratei em artigos como Gravataí recorre de bandeira vermelha com promessa de 30 leitos de UTI para COVID 19; é difícil, sou crítico aos recursos porque a região não tem fronteiras e, mesmo que Gravataí e Cachoeirinha tenham aberto quase 100 leitos para o novo coronavírus, 40 deles de UTIs, nos hospitais de campanhas e no Hospital Dom João Becker e Padre Jeremias, pacientes seguem transferidos para os hospitais de referência: Clínicas e Conceição, em Porto Alegre, e Universitário, em Canoas.
Como tratei em Contágio da COVID 19 cresceu mais de 300 por cento em Gravataí e Cachoeirinha; é hora de reabrir comércio?, o mapa de leitos do Estado mostrava, no último dia de junho, uma taxa de ocupação de UTIs é de 74.6% na Região Porto Alegre. Cinco depois, já subiu para 75,6%. Eram 24,8% internados com o vírus, 7,9% suspeitos ou com outra SRAG e 67,4% com outros problemas de saúde. Neste sábado são 29% com a COVID-19, 9.6% suspeitos e 61.4% com outras enfermidades. Para demonstrar a pressão do vírus sobre a lotação nas UTIs, no início de junho o número de infectados em UTIs era de 9.1%.
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Ao fim, recorrer é dar satisfação aos insatisfeitos.
Com a piora nos indicadores de propagação da COVID-19 e da ocupação de leitos, a Região Porto Alegre ficou mais próxima da bandeira preta, um lockdown.
Não é torcida ou secação, ‘CPFs vs CNPJs’. São os fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos. É a ‘ideologia dos números’ – mas também tem um pouco de metafísica.
Sim, porque recorrer ao Distanciamento Controlado, e silenciar frente a apoiadores que criticam o governador Eduardo Leite por ‘brincar de colorir o mapa’, voluntária, ou involuntariamente enfraquece aquele que é o melhor, dos piores modelos de isolamento adotados no Brasil, como tratei em artigos como É tudo com a gente em Gravataí e Cachoeirinha; o Distanciamento Controlado fake não segura a COVID 19.
Gravataí tem hoje 510 casos e 15 óbitos; Cachoeirinha 477 casos e 7 óbitos. A curva ascendente indica mais de mil casos até o fim de julho, a estação das UTIs superlotadas desde antes da pandemia.
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