Os últimos dados disponíveis no site oficial do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão ligado ao Ministério da Saúde (clique aqui) remetem a uma expectativa de que no ano passado, em todo o país, fossem 59.700 os novos casos registrados de câncer de mama no país.
Isso corresponde a cerca de 25% – ou um a cada quatro casos – de todos os tipos de câncer que atinge o público feminino no Brasil. Não é em vão que esta é a doença mais comum entre as mulheres, não só no país, mas no planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Só no Rio Grande do Sul, a expectativa era de que 5.210 novos casos da doença seriam registrados até o fim do mesmo ano, de acordo com estimativas do instituto. Porto Alegre é a capital brasileira com maior incidência do problema, com 147 pessoas atingidas a cada 100 mil, na média anual.
A doença tem cura. Porém, precisa ser detectada precocemente.
E é aí que entram as campanhas de prevenção com a realização de exames em períodos regulares, auto-exame com o toque dos seis pela própria mulher, e as ações de esclarecimento e ajuda como são as instituições como a Liga Feminina de Combate ao Câncer (LFCC).
Nova direção
Em Gravataí, a LFCC foi criada em 11 de janeiro de 2005 então como um apêndice do Clube de Mães Nossa Sem hora da Conceição. Prestes a completar 15 anos em janeiro que vem, e depois de dois anos, aproximadamente, inerte, uma assembleia geral realizada na tarde de ontem deu como reativada a LFCC de Gravataí.
O encontro trouxe a Gravataí a presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer do Rio Grande do Sul, Nelma Wagner Gallo, e serviu para dar posse à nova diretoria da entidade na aldeia dos anjos, tendo a frente, agora, Nilza Melloo da Silva como presidente.
A assembleia em que predominou a cor rosa entre as mulheres, uma referência ao Outubro Rosa, mês em que se dá mais ênfase às campanhas de prevenção ao câncer de mama, foi marcada também por homenagens e até emoção, como a do médico ginecologista e obstetra Marcelo Leone, voluntário nas ações da Liga desde a sua criação e um incentivador das campanhas de prevenção.
Também foi homenageada a ex-presidente da liga gravataiense, Paulina Marlene Schuh, reconhecida com uma placa pelo trabalho realizado ao longo destes quase 15 anos. Paulina não compareceu à assembleia, por razões de saúde, e foi representada na transmissão de cargo pela vice-presidente, Marlene Espíndola.
A história
Inicialmente denominada como Projeto Liga de Combate ao Câncer de Gravataí e Glorinha, logo que foi fundada a entidade contemplava, com suas ações e promoções, os dois municípios. Em 2007, porém, no dia 2 de outubro, foi dada como criada a Liga Feminina de Combate ao Câncer “só” de Gravataí.
Nesta mesma assembleia foi lido, colocado em votação e aprovado o estatuto da LFCC, bem como o regimento interno, e eleita e empossada sua primeira diretoria.
Pelo estatuto, baseado no que norteia as outras entidades do gênero espalhadas pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil, a LFCC tem a missão de assistir ao paciente de câncer, conscientizar e educar a população visando a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, além de auxiliar instituições hospitalares e prestadores de serviços na área da oncologia.
ATENÇÃO
1
O exame precoce ajuda na identificação da doença que, se descoberta previamente, tem 95% de chance de cura. O Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda que a mamografia seja feita a partir dos 50 anos até os 69 anos, de dois em dois anos.
2
Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Sociedade Brasileira de Radiologia e a Febrasgo orientam às mulheres para que a realização do exame inicie a partir dos 40 anos e seja feito anualmente.
3
Segundo a pesquisa da SBM, dentro da faixa etária preconizada pelo SUS como ideal para a realização da mamografia, os números ainda são baixos. No Rio Grande do Sul, apenas 27% das mulheres nessa faixa etária realizam o exame regular e periodicamente.
4
Os testes genéticos, que procuram as mutações que indicam á possibilidade da doença, só são feitos quando a paciente preenche 20% dos quesitos de risco. Dessas, apenas 25% têm resultado positivo no teste, que são tratados como câncer de fato.
5
Entre os motivos que podem aumentar a probabilidade da doença estão obesidade, tabagismo, uso abusivo de álcool e histórico familiar. O câncer de mama ocorre por causa do desenvolvimento anormal de células que se multiplicam até formar um tumor maligno.
O QUE ELA DISSE
— Nós precisamos cuidar das mulheres que sabem que têm o câncer, promover o acolhimento não só no tratamento mas no âmbito familiar, parta que elas não se sintam sozinhas e desamparadas. Costumo dizer que quando uma mulher adoece, a família toda adoece, e isto precisar ser cuidado, bem trabalhado, até para que as chances de curam sejam cada vez maiores.
Patrícia Bazotti Alba
Primeira-dama de Gravataí
Confira a cobertura do Seguinte: sobre a reativação do Liga Feminina de Combate ao Câncer de Gravataí e a importância do Outubro Rosa como mês de prevenção à doença. Clique na imagem abaixo e, depois, siga na matéria.
Nova diretoria
Presidente: Nilza Mello da Silva
Vice-presidente: Valdirene Ferreira Limões
1ª Secretária: Tatiana Cristina da Silva
2ª Secretária: Maria de Fátima da Silva Silveira
1ª Tesoureira: Sandra Baumgartner
2ª Tesoureira: Helena Terezinha Vicentini Medeiros
Diretora Social: Ana Maria Fiametti Lütz
Liga Jovem: Júlia Grever