O Globo analisou os processos dos 1.586 manés e terroristas alvos de ações penais no Supremo pelo 8 de janeiro. Esse é o perfil médio, resumido pelo próprio jornal: homem branco, casado, de baixa renda e com menos de 60 anos. É o tiozão pobre do zap.
Parece, mas não é o mesmo tiozão das motociatas. Nem os participantes de aglomerações na Paulista e em Copacabana. Esses são de renda mais alta e mais brancos.
O que fica provado pelo levantamento do jornal é que estavam em Brasília naquele dia pessoas de uma classe média baixa, com rendas precárias. E, por informações anteriores, muitos com antecedentes por delitos diversos.
Diz o Globo: “O levantamento mostra, por exemplo, que a grande maioria dos acusados tem, no máximo, o Ensino Médio completo e ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036) por mês”. Os que ganhavam até um salário mínimo eram 46,43%. Do total, 43,42% eram autônomos.
Eram manés mesmo, patriotas da chinelagem da extrema direita usados como bucha, no momento em que os chefes militares do golpe desapareciam e Bolsonaro fugia.
Os dados compilados pelo Globo apontam que apenas 1,21% dos presos pelos atos golpistas tinha 65 anos ou mais na data dos ataques. A maior parcela dos que estavam na Praça dos Três Poderes ficava na faixa etária de 45 a 54 anos (36,88%). Os homens eram 65,45% e as mulheres, 34,54%.
O perfil médio do invasor dos prédios não deve ser nem mesmo o da média dos acampados no QG do Exército. Mas esse é outro levantamento. O acampado, em Brasília e em outros lugares do Brasil, era menos mané ralé e mais classe média mediana mesmo.
O resumo é o mais óbvio: não existiam velhinhas com Bíblias entre os invasores de Brasília no 8 de janeiro, como já repetiu várias vezes o ministro Alexandre de Moraes. Mais do que velhinhas, estavam lá, como já disse Lula, um monte de 171. A maioria não usava e nunca usou batom.