MOISÉS MENDES

Era o que faltava numa hora dessas: um coração no formol

Todos nós já lemos dezenas de vezes na internet que essa é a primeira vez que o coração de Dom Pedro I deixa Portugal.

Qual é o sentido dessa informação? Qual é o sentido da visita do coração do imperador, inventada pelo bolsonarismo, numa hora dessas?

As figuras que restaram da família real nada significam para o Brasil. Todos os descendentes da realeza são reacionários, sem qualquer compromisso com o que resta do espírito da República.

Há descendentes bolsonaristas e há extremistas de direita. Eles não têm a menor importância para a democracia e para a cidadania.

A República cai aos pedaços, e o Brasil recebe o coração de Dom Pedro I. Se fosse o coração de Dom Pedro II, pelo menos.

A exaltação da monarquia e da aristocracia não tem significado algum. Nem a independência. Quem vai explicar aos estudantes essa palhaçada?

Esse coração não expressa sentimentos, memória, nada de relevante.
Sim, dizem, são os 200 anos da independência. Mas que comemorem, bebam e tomem porres, mas parem com exageros.

Não é hora para ficar adorando um coração mantido em formol. É muita necrofilia, é uma coisa bolsonariana demais.

Que curiosidade mórbida pode levar alguém para uma fila para admirar um órgão sem cor flutuando dentro de um vidro?

O bolsonarismo enlouqueceu todo mundo, e a imprensa bate tambor para os caras.

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